Mulher finge estar morta após ser espancada e é jogada de cima de ponte por assaltantes
26 de julho de 2021Mulher de 40 anos não sabe nadar e ficou boiando na água até ladrões irem embora. Quatro adolescentes foram apreendidos e confessaram o crime à polícia
Marcia Angola é a motorista de app que fingiu estar morta após ser espancada por ladrões em Tangará da Serra – Foto: Facebook
A motorista de transporte por aplicativo que foi espancada por assaltantes durante uma corrida no último sábado (24), em Tangará da Serra (MT), chegou a ser jogada de cima da ponte no Rio Sepotuba pelos criminosos. Quatro adolescentes foram apreendidos e confessaram o crime.
Marcia Angola, de 40 anos, fingiu estar morta duas vezes para tentar salvar sua vida: enquanto era agredida dentro do carro pelos ladrões e quando emergiu da água após ser jogada no rio.
Motorista de transporte por aplicativo foi espancada por assaltantes durante uma corrida em Tangará da Serra – Foto: Divulgação
A vítima foi brutalmente agredida por quatro homens que se passaram por clientes.
Em entrevista ao G1, a motorista contou que esteve consciente o tempo todo, mesmo quando era espancada pelos ladrões.
“Eles me chamaram por aplicativo e paramos em uma esquina onde disseram que buscariam uma pessoa. Mas essa pessoa não existe e anunciaram o assalto”, relatou a motorista.
Marcia foi jogada no banco traseiro do veículo e ameaçada pelos ladrões. Eles queriam o carro dela e dinheiro, mas a motorista só tinha o dinheiro que estava no veículo.
A motorista teve o rosto vendado enquanto os assaltantes dirigiam em alta velocidade.
“Em determinado momento eu puxei a venda e acho que foi isso que os irritou. Começaram a me bater, me deram murros e diziam que iam me enforcar e matar. A saída que eu tive era me fingir de morta”, contou.
Ponte do Rio Sepotuba, em Tangará da Serra – Foto: TV Centro América
Marcia não conseguiu esconder que estava com falta de ar e respirou fundo.
“Ele viu que eu estava viva e os outros disseram: ‘vamos matar, aperta o pescoço dela’. Em momento nenhum disseram o motivo [das agressões]. Em certo momento riram da minha cara inchada e machucada”, disse.
O veículo da vítima foi localizado pelos policiais militares em Tangará da Serra – Foto: Divulgação
O carro parou em cima da ponte do Rio Sepotuba, onde ela foi novamente agredida.
“Eles estavam com medo de alguém aparecer e me puxaram pelas mãos e pelos pés. Me jogaram de cima da ponte”, lembrou.
Marcia não sabe nadar e teve medo de morrer.
“Quando eu caí, só lembro que pedi a Deus para que eu caísse na água, porque se caísse na terra eu tinha morrido. Eu afundei quando voltei a superfície eu vi que eles estavam olhando. Eu continuei quieta e afundei de novo, deixei a água me levar rio abaixo, fui tentando me equilibrar, meio que boiando pois não sabia nadar e não podia ir para o fundo”, finalizou.
Depois que percebeu que os ladrões tinham ido embora, ela conseguiu sair da água, pediu socorro aos moradores de um sítio nas proximidades e foi encaminhada para atendimento médico.
Os suspeitos fugiram com o carro da vítima para o município de Nova Olímpia, onde furtaram uma relojoaria. Do estabelecimento eles levaram dois celulares e alguns objetos, como relógios e correntes de ouro.
Os criminosos foram apreendidos em Tangará da Serra. Ainda segundo a PM, os quatro adolescentes já tinham envolvimento em crimes anteriores na cidade. Eles estavam com dois celulares, o carro e documentos da vítima.
Os suspeitos usaram uma arma de brinquedo para cometer o assalto.
O caso é investigado pela Polícia Civil de Mato Grosso.
Valedoitaúnas (G1)