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Mulher ‘Diaba’ e mais 4 são presos por morte casal com tiros, chutes e pedradas no ES

26 de maio de 2022

Vítimas foram mortas em janeiro, no Balneário de Carapebus, na Serra

Mulher ‘Diaba’ e mais 4 são presos por morte casal com tiros, chutes e pedradas no ESMulher "Diaba", Carlos Henrique de Souza de Jesus, João Paulo Américo dos Santos, Carlos André Costa Pimenta e Floriano dos Santos Silva Neto são suspeitos de mortar casal – Foto: Divulgação/Polícia Civil

Uma mulher e quatro homens foram presos suspeitos da morte a tiros, chutes e pedradas de um casal, em janeiro deste ano, em Balneário Carapebus, na Serra, Espírito Santo.

Os cinco presos são Taynara Faria de Souza, conhecida como "Diaba", de 24 anos; Carlos Henrique de Souza de Jesus, conhecido como "Péla", de 23; João Paulo Américo dos Santos, de 18; Carlos André Costa Pimenta, conhecido como "Satangozo", de 20; e Floriano dos Santos Silva Neto, conhecido como "Netão", de 22.

As prisões foram feitas por policiais civis da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra entre os meses de março e maio deste ano.

As vítimas, Asclepíades Vieira Soares Júnior, de 31 anos, e Lais Paula de Souza, de 25, foram assassinadas enquanto voltavam de uma festa, na madrugada de 30 de janeiro.

Mulher ‘Diaba’ e mais 4 são presos por morte casal com tiros, chutes e pedradas no ESLaís Paula de Souza e Asclepiades Vieira Soares Júnior foram mortos a tiros, chutes e pedradas na Serra – Foto: Reprodução/TV Gazeta

Investigações

De acordo com o delegado Rodrigo Sandi Mori, titular da DHHP da Serra, as investigações começaram logo após o crime e todos os seis participantes do duplo homicídio foram identificados. No entanto, um deles, Marlon Henrique Gonçalves de Oliveira, de 32 anos, ainda está foragido.

Mulher ‘Diaba’ e mais 4 são presos por morte casal com tiros, chutes e pedradas no ESMarlon Henrique Gonçalves de Oliveira, de 32 anos, está foragido – Foto: Divulgação/Polícia Civil

Vítima fabricava armas para traficantes

O delegado afirmou que Lais e Asclepíades possuíam mandado de prisão em aberto por um roubo cometido na cidade de João Neiva, no Norte do estado. Eles foram para Balneário Carapebus em agosto de 2021.

Na Serra, Asclepíades começou a prestar serviço para traficantes fabricando armas até ser abordado e informar para policiais militares a localização da casa de Taynara e Carlos André. Por esse motivo, segundo a polícia, ele teve a morte decretada pelo gerente do tráfico da região, Floriano dos Santos.

"Quando se instalaram, ele passou a fabricar armas caseiras para traficantes do bairro. Fabricou uma espingarda 12 e uma submetralhadora, mas foi abordado e entregou a casa de um casal de traficantes (Taynara e Carlos André). Os traficantes descobriram, fizeram uma reunião e o Floriano determinou que Asclepíades fosse morto. Lais foi morta como queima de arquivo", informou o delegado.

Casal participou de festa com assassinos

O delegado Rodrigo Sandi Mori contou que, antes de serem assassinados, Asclepíades e Lais estavam em um pagode com os assassinos, na madrugada do dia do crime.

"Durante a festa, a Taynara e o Carlos André distraíram as vítimas abraçando o casal e dançando e oferecendo bebida para que eles não desconfiassem que seriam mortos", contou o delegado.

Por volta de 4h30, as duas vítimas saíram de bicicleta e foram seguidas pelos assassinos, que estavam em uma caminhonete. Armado, João Paulo desembarcou do veículo e atirou contra Asclepíades com uma pistola. Ele tentou correr, mas foi atingido com sete disparos. Lais foi atingida com dois tiros e caiu perto de um muro.

Como a munição da arma acabou e as vítimas ainda estavam vivas, os criminosos atacaram o casal com chutes e pedradas.

"O Marlon, Carlos André e o João desferiram vários chutes na cabeça e na barrida das vítimas que permaneceram vivas. Foi nesse momento que o Carlos André pegou uma pedra e jogou quatro vezes na Lais fazendo com que ela fosse a óbito e depois o Marlon pegou a pedra e jogou duas vezes na cabeça do Asclepíades fazendo com que ele fosse a óbito no local", explicou o delegado.

Carlos André confessou o crime com riqueza de detalhes, de acordo com o delegado. Os outros presos negaram, mas foram contraditórios nos depoimentos, segundo a polícia.

"Se colocam no local do crime, mas dizem que não fizeram nada. A prisão deles representa a desarticulação de um dos grupos mais violentos do município da Serra. Eles são responsáveis pelo tráfico em Balneário Carapebus, ataques, tiroteios e também homicídios. Não demonstram nenhum arrependimento. São frios em seus depoimentos e agora vão responder por esse crime que cometeram", disse o delegado.

Todos os presos foram autuados por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e associação criminosa. Todos são réus no processo em andamento na 3ª Vara Criminal da Serra.

Valedoitaúnas (g1 ES)



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