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Mulher com deficiência é encontrada morta pode ter sofrido tortura e cárcere, diz delegado

04 de maio de 2022

A mãe da jovem, segundo a polícia, disse que a vítima caiu da escada

Mulher com deficiência é encontrada morta pode ter sofrido tortura e cárcere, diz delegadoFoto: colaboração.

Uma mulher de, aproximadamente 30 anos foi encontrada morta, no fim da manhã desta quarta-feira (4), no bairro Cajuru, em Curitiba (pr). Policiais da Divisão de Homicídios (DHPP) foram ao local e, de acordo com o delegado Tito Barichello, a vítima, que possuía deficiência (PCD), estava com lesões por todo o corpo e pode ter sofrido tortura. A mãe da jovem, que foi encaminhada à delegacia para prestar depoimento, alegou que ela caiu da escada.

A mãe ainda afirmou que a filha chegou em casa nesta madrugada ao voltar da casa de parentes após ficar dois meses fora. O delegado deu mais detalhes da fala da mulher.

“Ela já apresentava todas estas lesões e estava muito tonta, ou seja, lesões causadas em momento anterior a queda e aí ela teria caído”, explicou Barichello.

O delegado, por sua vez, destacou que a situação dita pela mãe é estranha e merece ser verificada. No entanto, ele ressaltou a possibilidade de homicídio doloso porque as lesões encontradas no corpo da vítima não correspondem a uma queda de escada, mas sim em um ambiente doméstico. O investigador acredita nesta possibilidade porque, por ser PCD, a mulher não se relacionava com pessoas de fora da família.

“Parecem queimaduras, são lesões por todo o corpo. Estamos aguardando a perícia, que vai nos passar informações mais fidedignas daquilo que é possível apurar neste momento, mas posso dizer claramente que não advém de queda e que estas lesões demonstram, sem dúvida nenhuma, um ato de barbárie porque o corpo inteiro dela está lesionado. São lesões que não são pequenas”, revelou ele à Banda B.

Possibilidade da vítima ter sofrido cárcere privado

Barrichello, além da tortura, destacou que a vítima pode ter sido mantida em cárcere.

“Nós temos um local na parte de cima [do imóvel] compatível com um local de cárcere privado. Isto porque a chave fica para fora e este cômodo fica com a chave para o lado de fora”, disse. “Estamos agora, de forma rápida, tentando localizar o pai, que moraria no Parolin, para saber se a vítima foi entregue nestas ‘condições’ para a mãe”, finalizou o delegado.

A Divisão de Homicídios investiga o caso. O corpo foi encaminhado para Instituto Médico Legal de Curitiba.

Valedoitaúnas (Banda B)



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