Mulher acusada de tramar morte do marido com amante escondeu objetos para simular latrocínio
11 de agosto de 2021Segundo as investigações da polícia, os objetos foram selecionados por Thayla Bonicenha Crivellari e escondidos no forro de gesso da residência onde aconteceu o crime
Thayla é suspeita de tramar o assassinato do próprio marido, Alexandro Fim, no interior de Castelo – Foto: Reprodução/Facebook
Denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPES) por homicídio triplamente qualificado, a mulher suspeita de tramar a morte do próprio marido, na zona rural de Castelo, no sul do estado, e o amante dela, que teria executado o crime, também responderão por fraude processual.
Isso porque, segundo as investigações, os dois teriam forjado um crime de latrocínio — roubo com morte – para tentar despistar a polícia. A ideia era fazer com que os policiais acreditassem que Alexandro Fim havia sido morto durante um assalto na residência do casal, na localidade de Monte Alverne.
Alexandro foi morto por asfixia, por volta das 22h do dia 25 de julho. De acordo com as investigações, a esposa dele, Thayla Bonicenha Crivellari, o abraçou para que Françoa de Souza Calabianqui, com quem a mulher teria um relacionamento extraconjugal, pudesse estrangular a vítima.
As investigações apontam que, na noite do crime, Thayla e Alexandro estavam na cozinha da casa deles, quando Françoa entrou no local.
A esposa teria abraçado o marido e segurado seus braços, para distrair atenção dele. Nesse momento, segundo a polícia, Françoa agarrou a vítima pelas costas e a asfixiou até a morte.
Ainda segundo as investigações, após o homicídio, os dois acusados esconderam alguns objetos da casa, selecionados por Thayla, no forro de gesso da residência, para simular um crime de latrocínio.
Mais tarde, o homem teria trancado a porta do quarto da mulher, com ela e a filha de 2 anos no interior. Por volta das 2 horas da madrugada, Thayla ligou para os pais, informando a versão fantasiosa de latrocínio.
No entanto, ao ser confrontada pela polícia, a suspeita confessou que participou do homicídio do marido e que simulou o latrocínio. Ela também admitiu que combinou o crime com o amante por telefone.
Os dois foram detidos no último dia 27. Thayla está presa no Centro Prisional Feminino de Cachoeiro de Itapemirim (CPFCI). Já Françoa está no Centro de Detenção Provisória de Cachoeiro de Itapemirim (CDPCI).
Suspeitos queriam o patrimônio da vítima
A mulher e o amante foram denunciados, pela Promotoria de Justiça de Castelo, por homicídio triplamente qualificado e fraude processual.
Segundo as investigações, os dois suspeitos mataram a vítima para assegurar a continuidade do relacionamento extraconjugal entre eles e para que pudessem se apropriar do patrimônio de Alexandro, conforme relatado na denúncia. Dessa forma, o MPES argumentou que o crime foi praticado por motivo torpe.
O Ministério Público Estadual alegou ainda que o homicídio foi praticado por recurso que impediu a defesa da vítima, que estava sob efeito de remédios controlados, dificultando ainda mais qualquer resistência ao ataque.
Além de pedir que os denunciados sejam julgados perante o Tribunal do Júri e condenados, o MPES requer que a sentença estabeleça um valor mínimo para reparação dos danos causados aos familiares da vítima.
Valedoitaúnas (Folha Vitória)