MST fará “ocupações de terra” em todo Brasil, diz líder do movimento
11 de abril de 2023Ações serão feitas em abril
João Pedro Stedile, líder do MST – Foto: Reprodução/Twitter
O diretor nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stedile, comunicou na última segunda-feira (7) que o grupo fará “ocupações de terra” em todos os estados brasileiros durante o mês de abril. O vídeo foi compartilhado pelo movimento nas redes sociais.
“Nesse mês de abril, nosso movimento fará muitas manifestações em defesa da reforma agrária”, discursou Stedile. “Haverão mobilizações em todos os estados, em todos os estados, sejam marchas, vigílias, ocupações de terras, as mil e uma formas de pressionar que a lei, que a Constituição seja aplicada, e que latifúndios improdutivos sejam desapropriados e entregues para as famílias acampadas”.
O MST tem 80 mil famílias ocupadas e o líder do movimento quer que terras improdutivas sejam desocupadas para que milhares de pessoas possam ter lugar para morar e produzir alimentos de boa qualidade.
“A nossa reivindicação é que sejam desapropriados, o mais urgente possível, os latifúndios improdutivos para resolver o problema das famílias acampadas e criar espaço para produção de alimentos saudáveis”, comentou. “É obrigação do MST de seguirmos organizando os trabalhadores para que eles lutem por seus direitos”.
MST no Abril Vermelho
O MST fará uma série de trabalhos ao longo do mês intitulado de “Abril Vermelho”. O grupo realiza ocupações e protestos em memória da morte de 19 militantes sem-terra pela polícia do Pará, em Eldorado do Carajás, em 17 de abril de 1996. A intenção é reivindicar moradia e trabalho para quem participa do movimento.
Neste ano, o MST tem usado o tema “Contra a fome e a escravidão: por terra, democracia e meio ambiente”. Os trabalhos começaram a ocorrer no dia 4 e seguirá até o dia 17 de abril.
Além das ocupações de terras, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra quer lançar uma campanha de doação de alimentos, plantio de árvores e ações de rua para denunciar produções do agronegócio, o que é condenado pelo grupo.
A reportagem procurou o MST, mas o grupo não se manifestou até essa publicação. Caso o movimento se posicione, a matéria será atualizada.
(Fonte: iG)