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MP apreende R$ 8,5 milhões em operação que investiga desvios da Saúde no RJ

11 de julho de 2020

Montante foi depositado em conta judicial do Banco do Brasil após ser encontrado em dinheiro vivo. Caso resultou na prisão de ex-secretário do Rio

MP apreende R$ 8,5 milhões em operação que investiga desvios da Saúde no RJMP do Rio chegou a dizer que achou dinheiro em endereços de Edmar Santos, ex-secretário de Saúde do Rio – Foto: Divulgação

O Ministério Público informou na tarde deste sábado (11) que o valor total apreendido na operação que resultou na prisão do ex-secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, é de R$ 8,5 milhões. Do montante cerca de R$ 7 milhões estavam em notas de reais e os valor restante em dólares americanos, euros e libras esterlinas. Os valores, depois de contados, foram depositados em uma conta judicial do Banco do Brasil, explicou o órgão.

A informação inicial era de que o dinheiro teria sido encontrado num dos endereços relacionados ao ex-secretário. Entretanto, neste sábado (11) o MP informou que o montante foi entregue espontaneamente por um dos investigados, que estava acompanhado de seu advogado. Mas, não explicou qual era a relação do dinheiro com o ex-secretário, alvo da operação.

O montante era tão alto que foi necessário recorrer ao empréstimos, junto ao Banco do Brasil, de máquinas de contar cédulas. A instituição bancária também colocou à disposição agência e funcionário além do horário limite. A contagem só terminou na madrugada deste sábado (11).

O MP explicou que, levado para a Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), o dinheiro foi manipulado com luvas, e contabilizado na presença do investigado e de seu advogado, com posterior depósito na conta judicial. Mas não informou quem era o investigado. Após a contabilização, todos os invólucros onde estavam as notas foram preservados para encaminhamento ao Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), informou o órgão.

O ex-secretário de Saúde do Rio Edmar Santos foi preso na manhã de sexta-feira, em sua casa, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. O mandado de prisão foi cumprido pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc), com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e da Delegacia Fazendária da Polícia Civil, em um desdobramento da Operação Mercadores do Caos.

A Justiça determinou também o arresto de bens e valores de Edmar Santos até o valor de R$ 36.922.920, que, de acordo com o MP, é equivalente aos recursos públicos do estado desviados em três contratos fraudados para aquisição dos equipamentos médicos durante a pandemia do novo coronavírus.

Após prestar depoimento na Delegacia Fazendária, Edmar Santos, que é oficial da Polícia Militar, foi levado para a Unidade Prisional da PM. no bairro do Fonseca em Niterói, onde deu entrada na tarde de sexta-feira.

A assessoria de imprensa da PM informou que as celas da unidade permitem a acomodação de um ou dois presos, sendo permitidos apenas materiais de uso pessoal, tais como roupa de cama, materiais de higiene pessoal e ventiladores. O acesso às áreas externas para banho de sol e atividades esportivas ou laborativas é controlado. A alimentação é fornecida pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).

Valedoitaúnas/Informações iG



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