Mortos e vivos dividem o mesmo espaço em unidade de saúde
19 de julho de 2024Funcionários da unidade de saúde realizaram a denúncia, afirmando que a superlotação de mortos e vivos decorre da desativação do necrotério
Foto: Reprodução/RJTV
A unidade de saúde de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, passa por uma superlotação de mortos e vivos. Desde a desativação do necrotério, pacientes precisam dividir o mesmo leito com pessoas que morreram e o corpo ainda não foi liberado. A unidade é uma das principais do munícipio e é administrado pela prefeitura.
Os funcionários do Posto de Saúde São João, Meriti, que realizaram a denúncia de que o necrotério não funciona há mais de um mês. Imagens divulgadas mostram uma idosa internada na mesma sala que um corpo dentro de um saco plástico preto e, também, dois corpos ocupando leitos com equipamentos.
“Se um paciente passar mal, ele é levado para a sala vermelha. E, na sala vermelha, se vir a óbito, o que acontece? Ele é preparado e fica por lá. E, depois, se outro paciente passar mal também, ele vai ficar do lado de um corpo”, disse um funcionário ao G1.
Atualmente, o posto de saúde está em reforma, marcada por uma placa que indica um investimento de R$ 1 milhão do governo federal e afirma que a obra termina em outubro.
Em meio as obras, paciente relatam que diversas áreas estão fechadas, que a organização do atendimento está sendo feita em tendas e que os banheiros disponibilizados são químicos.
(As informações são do G1)