Manifestantes fazem atos contra Bolsonaro e a favor da vacina
19 de junho de 2021Manifestantes ocupam a Avenida Paulista, em São Paulo, para protestar contra o governo Bolsonaro neste sábado (19) — Foto: Ronaldo Silva/Futura Press/Estadão Conteúdo
Milhares de pessoas foram às ruas neste sábado (19) em diversas cidades do país em protesto contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e em defesa da vacinação contra a Covid-19. Os atos são pacíficos e, coincidentemente, ocorrem no dia em que o Brasil bateu a triste marca de 500 mil mortos por Covid.
Até as 17h50, os protestos ocorriam em Brasília e mais 22 capitais: Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Boa Vista, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Manaus, Natal, Palmas, Porto Alegre, Porto Velho, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, São Paulo, Teresina e Vitória.
Houve atos também em outras localidades, como Campina Grande (PB), Campinas (SP), Caxias (MA), Lavras (MG) e Ribeirão Preto (SP). No total, os atos ocorrem em cidades de 23 estados e no Distrito Federal.
Os manifestantes pediam mais vacina, a saída de Bolsonaro, auxílio emergencial de R$ 600, erradicação da fome e da pobreza e proteção ao meio ambiente e aos direitos dos indígenas.
Em geral, os participantes dos protestos usavam máscaras. Em alguns locais, como Campo Grande, Palmas e Teresina, houve distribuição do item de proteção.
Houve também preocupação com o distanciamento social. No Recife, por exemplo, muitos caminhavam em fila indiana. Em Cuiabá, Jataí (GO) e Sorocaba (SP) a manifestação foi em forma de carreata.
Mas, em alguns momentos, houve registros de aglomeração.
Veja a situação pelo país.
Acre
Em Cruzeiro do Sul, os manifestantes reivindicavam a vacinação contra a Covid-19 para toda a população, contra os cortes na Educação e atos do presidente na pandemia.
Eles levavam cartazes ainda contra o alto preço do combustível no município, em defesa da democracia e contra a homofobia. Eles usaram máscaras e mantiveram distanciamento social. O ato foi convocado por movimentos sociais, partidos políticos e centrais sindicais.
Alagoas
A manifestação em Maceió se concentrou na Praça Centenário, no bairro do Farol, por volta de 9h, depois seguiu em caminhada pela Avenida Fernandes Lima.
Amazonas
Em Manaus, um grupo se reuniu na Praça da Saudade, no Centro da capital, e seguiu em caminhada até o Largo de São Sebastião, em frente ao Teatro Amazonas.
Além de protestar contra o governo de Jair Bolsonaro e lamentar o número de 500 mil mortos no país, o grupo também criticou os cortes na Educação e pediam mais investimentos na ciência e na defesa do meio ambiente. Os manifestantes ainda pediam vacinas para todos.
Bahia
Manifestantes iniciaram uma caminhada por volta das 14h30 em Salvador. A concentração dos manifestantes começou por voltadas 13h, na Praça do Campo Grande, Centro da capital baiana. Por volta das 14h30, a caminhada foi iniciada com destino ao Farol da Barra.
O grupo ocupa todas faixas da via e todos usam máscaras de proteção. Antes do início da caminhada, a organização pediu que os manifestantes mantivessem distância um dos outros.
Também foram registradas manifestações em cidades do interior do estado, como Itabuna e Barreiras.
Distrito Federal
A concentração começou, por volta das 9h, em frente à Biblioteca Nacional. Às 10h os manifestantes iniciaram a caminhada pela Esplanada dos Ministérios, rumo ao Congresso Nacional. Os organizadores pedem, a todo momento, que as pessoas mantenham o distanciamento e usem máscara de proteção contra a Covid-19. Grupos indígenas que estão em Brasília para cobrar a demarcação de terras também participam da manifestação.
Espírito Santo
Em Vitória, manifestantes se concentraram no Teatro Universitário da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) por volta das 15h. A grande maioria dos presentes usava máscaras.
Manifestantes concentrados na Ufes, em Vitória, por volta das 15h30 deste sábado (19) para protesto contra Bolsonaro – Foto: Fernando Madeira/Rede Gazeta
Goiás
EmGoiânia, manifestantes caminharam cerca de 3 km em protesto contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e a favor da vacinação, na manhã deste sábado (19), em Goiânia (veja acima). Em Goiânia os manifestantes usavam máscaras de proteção facial durante o ato, porém muitos não mantiveram o distanciamento social.
Em Jataí o manifesto começou por volta das 10h. As pessoas se reuniram em uma praça durante a concentração, em seguida, dirigiram com buzinaço pelas ruas da cidade.
Em Anápolis manifestantes também se reuniram por volta das 10h na Praça do Ansião, depois seguiram a pé até em manifesto contra o governo. A PM acompanhou toda a caminhada. Os participantes pediam a saída do presidente.
Manifestantes usavam máscaras de proteção contra a Covid-19 durante o ato, porém muitos não mantiveram o distanciamento social.
Maranhão
Em São Luís, os atos tiveram início por volta das 8h. A concentração foi feita na Praça Deodoro, no Centro Histórico da capital. Durante o ato, a maioria dos manifestantes usava máscara, mas em alguns momentos o distanciamento social não foi respeitado e houve aglomeração.
Em Caxias, município a 360 km da capital, também foi registrada manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro na manhã deste sábado (19).
Mato Grosso
Em Cuiabá os manifestantes seguiram em carreata por volta das 9h em frente à sede da prefeitura da cidade. O ato foi convocado por movimentos sociais, partidos políticos e centrais sindicais.
Os manifestantes utilizavam máscara e lamentaram as vítimas da pandemia. Segundo os organizadores, a ideia da carreata era de promover o distanciamento social.
Mato Grosso do Sul
Em Campo Grande, houve distribuição de máscaras do tipo PFF2, que têm maior eficácia na proteção contra a Covid, e de álcool a 70%. Na convocação da manifestação, os organizadores pediram para que todos os participantes usassem máscaras, o que foi obedecido no ato. No entanto, houve aglomeração.
Minas Gerais
Manifestantes se reúnem na tarde deste sábado em Belo Horizonte. A concentração do protesto começou às 13h30 na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul da capital. Pratos com os dizeres "500 mil mortos", "medo" e "guerra" foram montados no chão, formando uma cruz.
Em Lavras, os manifestantes ocuparam a praça Dr. Augusto Silva. A movimentação começou por volta de 11h.
Algumas cidades do Sul de Minas também registraram protesto contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e em defesa da vacinação: Pouso Alegre, Itajubá, Passos e Varginha. Em geral, os manifestantes usavam máscaras.
Em Governador Valadares, os participantes pediram a saída do presidente e de seus aliados, aceleração da vacinação, mais investimentos na educação e a autonomia da Polícia Federal.
O ato, que começou por olta das 10h, foi realizado na Praça da Estação e contou com apresentações artísticas e doação de marmitas e kits de higiene para população de rua.
Já em Montes Claros, a 420km de Belo Horizonte, manifestantes saíram por volta das 11h carregando faixas e cartazes contrários ao presidente, eles cantaram e gritaram palavras de ordem.
No ato, os organizadores pediram que as pessoas respeitassem o distanciamento social mínimo e distribuíram álcool em gel. Os manifestantes usavam máscaras.
Pará
Em Belém, a manifestação se concentrou as 9h da manhã no mercado de São Brás e saiu em caminhada pelas ruas da capital. Mesmo com a pandemia e usando máscara, durante o percurso, foram registradas aglomerações e, em alguns momentos, foi desrespeitado distanciamento social.
Paraíba
Em João Pessoas, a manifestação começou por volta das 9h em frente ao Liceu Paraibano, no Centro da cidade. De lá, os manifestantes seguiram para o Parque Sólon de Lucena, também no Centro, às 10h30.
Já em Campina Grande, no Agreste do estado, os manifestantes se concentraram na Praça da Bandeira, por volta das 9h, e seguiram em direção ao entorno do Açude Velho, às 10h.
Paraná
Em Curitiba, a manifestação começou por volta das 15h. Os manifestantes se reuniram na Praça Santos Andrade, em frente ao prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Entre as reivindicações, eles também pediram por salário digno e auxílio emergencial de R$ 600.
Cidades do interior do estado também tiveram manifestações, entre elas Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu.
Pernambuco
Em Recife, mesmo diante da chuva que cai desde a sexta-feira (18) na capital, os grupos se reuniram na Praça do Derby e, depois, saíram em caminhada pela Avenida Conde da Boa Vista.
No Agreste de Pernambuco, um ato convocado por movimentos sociais, partidos políticos e centrais sindicais levou manifestantes ao centro de Caruaru.
Por volta das 10h30 uma caminhada pedia pela vacinação contra a Covid-19 e políticas de erradicação da fome e da pobreza.
O grupo respeitou o distanciamento social e seguiu em fila indiana pelas ruas da cidade. No local, houve distribuição de máscaras para proteção contra a Covid e também de álcool a 70%.
Em Petrolina, o ato convocado por movimentos sociais, partidos políticos e centrais sindicais pedia pela saída do presidente Jair Bolsonaro, a vacinação em massa contra a Covid-19, empregos e também um auxílio emergencial de R$600.
Os grupos se concentraram pela manhã e houve registro de aglomeração. Todos usavam máscaras de proteção. A marcha percorreu importantes pontos da cidade e terminou por volta da hora do almoço.
Piauí
Em Teresina, a concentração começou por volta de 8h na Praça Rio Branco, no Centro da capital. Em seguida, por volta das 9h50, eles percorreram as principais ruas da região, passando pelo Palácio da cidade, sede da Prefeitura de Teresina, e pelo Palácio de Karnak, sede do governo do Estado.
O público usou máscaras e havia distribuição do item de segurança durante a manifestação. Contudo, durante o percurso, foram registradas aglomerações e, em alguns momentos, foi desrespeitado distanciamento social, embora a organização do ato alertasse sobre às medidas de prevenção contra o novo coronavírus.
Rio de Janeiro
No Rio, a concentração começou às 10h na estátua do Zumbi de Palmares, na Praça Onze, região central da cidade. Os organizadores pedem que as pessoas mantenham o distanciamento e usem máscara de proteção contra a Covid-19.
Manifestantes também se reuniram no Centro de Petrópolis. Os participantes se concentraram na Praça da Inconfidência por volta das 11h e seguiram pela Rua do Imperador com destino à Praça da Liberdade.
Rio Grande do Norte
Em Natal, a concentração começou por volta das 15h em frente ao Midway Mall. De lá, os manifestantes partiram em caminhada pela BR-101 em direção à Zona Sul da capital.
Os manifestantes usavam máscaras de proteção e também houve distribuição de máscaras do tipo PFF2 e de álcool a 70% para os participantes.
Rio Grande do Sul
Em Porto Alegre, mesmo com chuva, manifestantes se reuniram em frente a Usina do Gasômetro por volta das 15h e tomaram a Avenida Mauá, no Centro da cidade.
A maioria das pessoas usava máscara e tentava manter o distanciamento social, recomendado pelas autoridades de saúde para evitar a contaminação. Algumas pessoas vestiam preto para caracterizar o luto e demonstraram indignação com as 500 mil mortes. Na chegada ao Largo Zumbi dos Palmares, os manifestantes se reuniram e acenderam velas para simbolizar os mortos.
Em Santa Maria (RS), a 287 km de Porto Alegre, a concentração começou por volta das 10h no centro da cidade. O ato foi convocado por movimentos sociais, partidos políticos e centrais sindicais. Os manifestantes pedem mais vacinas contra a Covid-19 e o auxílio emergencial.
Rondônia
Na capital Porto Velho, a concentração começou por volta de 8h (local) na Praça das 3 Caixas D'Água, e a passeata pela região central começou às 9h15.
Mais três cidades do estado registram manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro e pedindo por mais vacina contra a Covid-19.
Em Cacoal e Ji-Paraná movimentos sociais, sindicatos e centros estudantis se reuniram na região central com faixas e bandeiras.
Em Ariquemes, manifestantes fizeram uma carreata nas avenidas com buzinaço e faixas. Os carros tinham adesivos escritos fora Bolsonaro, e os manifestantes também pediram por vacina, e não a reforma administrativa, além do aumento do auxílio emergencial.
Roraima
Em Boa Vista, além de críticas a Bolsonaro e defesa da vacinação, os manifestantes protestaram contra o garimpo ilegal. O protesto teve participação também de organizações indígenas.
Santa Catarina
Mesmo com a chuva em Santa Catarina, manifestantes foram às ruas. Houve atos em Rio do Sul e Blumenau, no Vale do Itajaí, em São Cristóvão do Sul, na Serra catarinense, e Caçador, no Oeste, e em Araranguá, no Sul do estado.
Os manifestantes usaram máscaras e protestaram com cartazes pedindo uso de máscaras e vacinação de toda a população, além da saída do presidente.
São Paulo
Na capital paulista, manifestantes se concentram no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, para o protesto programado para as 16h. A avenida foi bloqueada nos dois sentidos. Ao menos quatro carros de som estão na região.
Os manifestantes usam máscaras e também há pontos de distribuição pela avenida. Segundo os organizadores, o protesto deve seguir pela Avenida Paulista e a Rua da Consolação até a Praça Roosevelt.
Ciclistas também se concentraram na Praça do Ciclista, na Consolação, para protestar partindo em pedalada pela cidade e depois se unir aos manifestantes na Paulista.
Em Campinas, a concentração começou às 9h30 no Largo do Rosário. Por volta de 11h20, os participantes do protesto saíram em passeata pela Avenida Francisco Glicério. Os manifestantes estavam com máscara facial e os organizadores pediram para que fosse respeitado o distanciamento e outros cuidados necessários contra a Covid-19. Também houve distribuição de álcool em gel. No entanto, apesar das orientações, imagens mostram que há aglomerações.
Em Ribeirão Preto, manifestantes se reuniram pela manhã na região central. Mesmo com o uso de máscaras e distribuição de álcool em gel na manifestação, foram registradas aglomerações e desrespeito ao distanciamento social durante o percurso.
Já em São Carlos, manifestantes pediram pelo o impeachment do presidente Jair Bolsonaro e a aceleração da vacinação contra a Covid-19 em todo o país. As pessoas usavam máscaras e, por volta da hora do almoço, seguiram em marcha pelo centro da cidade.
O protesto em Piracicaba aconteceu durante a manhã e manifestantes levaram faixas e cartazes com pedido de vacina para todos e frases contra o presidente. A maioria vestia máscara de proteção e os organizadores pediam para cuidados com distanciamento, mas houve registro de aglomeração.
Em Sorocaba, a concentração começou por volta das 10h, na Praça Coronel Fernando Prestes, na região central da cidade. As equipes da Guarda Civil Municipal e da Policia Militar acompanharam toda a movimentação.
Em Jundiaí, manifestantes também protestaram contra o governo federal em uma carreata. A concentração começou por volta das 9h30, no Paço Municipal.
Em Mogi das Cruzes, Região Metropolitana de São Paulo, a concentração foi às 10h no Largo do Rosário, no centro da cidade. O integrantes exibiam cartazes com dizeres "Fora Bolsonaro" e mensagens a favor da vacinação contra Covid-19.
Em Araçatuba, manifestantes fizeram uma carreata que saiu às 10h da Praça Olímpica e percorreu as principais ruas do Centro da cidade. Depois, se reuniram em um ato na Praça Rui Barbosa.
Em Araraquara, os manifestantes se reuniram na Praça Santa Cruz. Eles usavam máscaras e durante o protesto durante o protesto distribuíram o acessório de proteção facial para reforçar a importância do uso no combate à pandemia.
Sergipe
Em Aracaju, grupos se concentraram por volta das 8h30 e marcharam no sentido da Avenida Barão de Maruim. Por volta das 10h45 eles se dirigiam à Praça dos Mercados Centrais de Aracaju.
Tocantins
Em Palmas, a concentração na Praça dos Girassóis começou às 8h30 e a caminhada pela avenida JK, uma das principais avenidas comerciais da cidade, teve início por volta de 10h20. Antes dos manifestantes tomarem a via houve distribuição de máscara.
Valedoitaúnas/Informações G1