Mais promissora, vacina de Oxford tem cadeia de produção iniciada
16 de junho de 2020Informação foi confirmada pela AstraZeneca, empresa que desenvolve a vacina; em estudo no Reino Unido, será testada em pacientes brasileiros
Pesquisadora trabalha no desenvolvimento de vacina contra o novo coronavírus (Sars-Cov-2) – Foto: Reprodução/AstraZeneca
O presidente da AstraZeneca na Itália, Lorenzo Wittum, disse que a multinacional já iniciou "diversas cadeias de produção" da vacina contra o coronavírus Sars-CoV-2 desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, em "vários continentes".
A empresa já fechou acordos para produzir pelo menos 2 bilhões de doses e pretende ter o medicamento pronto para distribuição quando saírem os resultados da terceira e última fase do estudo clínico em humanos, que acontece no Reino Unido e no Brasil.
"Em setembro, já teremos resultados dos testes clínicos de eficácia. Se forem positivos, iniciaremos o percurso regulatório para começar a distribuição até o fim do ano", disse Wittum à emissora italiana Rai.
Segundo o executivo, as primeiras cadeias de produção estão "nos Estados Unidos, na Inglaterra, na Índia e na Itália". Nesta última, a fabricação da vacina será em parceria com uma empresa de Pomezia, nos arredores de Roma, chamada IRBM-Advent, que participa do estudo de Oxford desde o início.
A candidata a vacina é baseada em um adenovírus de chimpanzés contendo a proteína spike, usada pelo Sars-CoV-2 para agredir as células humanas. No Brasil, a fase 3 do estudo clínico envolverá pelo menos 2 mil pessoas em São Paulo e Rio de Janeiro.
As doses serão aplicadas em adultos de 18 a 55 anos, prioritariamente profissionais de saúde ou pessoas com risco aumentado de exposição à Covid-19, como funcionários de limpeza e seguranças de hospitais ou motoristas de ambulâncias. Os pacientes serão acompanhados por 12 meses, e os ensaios serão conduzidos no Brasil pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e pela Rede D'Or.
Valedoitaúnas/Informações iG