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Mais duas vítimas relatam como ocorriam os abusos sexuais do pai de santo

18 de janeiro de 2020

Mais duas vítimas relatam como ocorriam os abusos sexuais do pai de santoO pai de santo Francisco, suspeito de abuso sexual contra ao menos cinco menores, deverá ser ouvido pela PC na próxima semana – Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Diante à prisão do pai de santo Francisco de Assis Maximiliano, de 43 anos, outras duas vítimas relataram como se davam os abusos sexuais dentro do terreiro de Candomblé, que fica em Santo Antônio do Descoberto, Goiás.

De acordo com uma das vítimas, de 17 anos, o pai de santo a ameaçava por diversas vezes com uma arma. Os nomes delas não serão divulgados.

Uma estudante conta que tinha 12 anos quando frequentou o terreio pela primeira vez. Alegou que foi ao local para tentar se entender espiritualmente. Segundo a jovem, ela contou que Francisco usava uma entidade, que as meninas chamam de Vó Teresa. “Ela chegou em mim e disse que era o meu destino ficar com ele”, conta.

A menina conta que procurou uma outra pessoa e contou o que a entidade tinha dito. Segundo ela, esta pessoa tinha aconselhado ela a se afastar do local pois ela era apenas uma criança e que o suspeito tinha a idade de ser o avô dele. “Apesar disso, ele foi me buscar em casa. No dia, ele incorporou a Vó Teresa e ela me disse que ele não iria mais mexer comigo”, conta.

Entretanto, segundo a estudante, ele nunca parou. Um dia, relata, ele incorporou a entidade novamente. O discurso foi o mesmo: Vó Teresa alegava que era o destino da menor manter relações sexuais com ele. “Uma das vezes, ela até falou para eu namorar com ele, mas eu disse que não”, ressalta.

A menor se emocionou ao relembrar uma vez que quase foi violentada no terreiro. “Ele pegou meu braço e apertou. Começou a me enforcar e falava para eu não gritar, que ninguém me ouviria. Ainda bem que alguém abriu a porta da cozinha e eu corri e me tranquei num dos quartos”, conta.

A adolescente conta que o homem utilizava diversas vezes da violência psicológica para convencê-la de praticarem sexo com ele. “Eu parei de ir, mas não contei o que estava acontecendo pois ninguém estava acreditando em mim. Ele passou a ir na minha casa e começou a me ameaçar: dizia que iria matar minha mãe e minha família. Também dizia que as pessoas poderiam suspeitar de algo”, destaca.

Ela não aguentou e chorou quando contou a primeira vez que foi violentada pelo pai de santo. Segundo ela, Francisco foi à casa dela e a chamou com o pretexto de comprar camarão. O pai de santo estava com o filho e, com isso, ela foi.

“Só que ele deixou o menino na casa de um parente e me levou para um motel. Eu falei que não queria, mas ele entrou comigo dentro do local. Em determinado momento, ele falou que era ‘para eu parar de frescura’. Com isso, ele pegou uma arma e colocou no colo” conta a menina emocionada.

E continua: “Ele queria que eu descesse do carro e eu novamente disse que não. Mas ele puxou meu braço, me levou para o quarto e subiu em cima de mim”, conta a menina, emocionada. Ele colocava a arma na minha boca e dizia que ia me matar. Com isso, ele tirou a minha roupa e me violentou. Após isso, ele me deixou em casa como se nada tivesse acontecido”.

Valedoitaunas/Com informações do Mais Goiás



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