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Mais de 5,7 milhões de brasileiros não têm acesso a banheiro, diz IBGE

25 de novembro de 2020

Pesquisa de Orçamentos Familiares mostra que um em cada quatro moradores do Brasil não vive em moradias plenamente adequadas

Mais de 5,7 milhões de brasileiros não têm acesso a banheiro, diz IBGEQuase um quarto da população não tem lar adequado – Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Cerca de 2,8% da população brasileira (5,7 milhões) não têm acesso a um banheiro exclusivo ou utilizam de um buraco, segundo estudo divulgado nesta quarta-feira (25), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para 96,8% da população, o domicílio em que residem tem banheiro para uso exclusivo e outros 0,4% compartilham o local com um ou mais lares. Quase todas as moradias que não contam com o cômodo estão situadas nas regiões Norte e Nordeste.

Além da falta de banheiro, a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) indica que quase um quarto (23,5%) das pessoas no Brasil não vivem em uma moradia plenamente adequada. Do total, a área urbana reúne 15,7% da população nessas condições, enquanto 7,8% estão na área rural.

De acordo com o estudo, 91,4% das pessoas no Brasil residem em domicílios com paredes externas com material predominante de alvenaria, taipa com revestimento ou madeira apropriada para construção. Os lares com piso predominante de cerâmica, lajota ou pedra; ou madeira apropriada abrigam 82,6% dos residentes no Brasil.

No entanto, a proporção de pessoas com telhado com laje de concreto ou madeira apropriada, que dão mais segurança ao domicílio, é de apenas 30,6% da população brasileira, sendo 29,3% na área urbana e somente 1,2% na área rural.

A região Sudeste responde pela maior proporção de pessoas vivendo em domicílios com a melhor condição de cobertura (48,8%). Em todos outros locais, o tipo de telhado predominante para a maioria da população é a telha sem laje de concreto ou somente com a laje. A característica é mais acentuada entre as famílias do Norte (84,6%) e no Nordeste (83,5%).

Risco do domicílio

O levantamento também apurou a opinião da pessoa de referência da família em relação à situação de risco do domicílio a partir de cinco aspectos.

Problemas como fumaça, mau cheiro, barulho e outras questões ambientais causados pelo trânsito ou indústria no domicílio foram relatados por 25,3% dos entrevistados, dos quais 23,3% estão localizadas no setor urbano.

Já os lares localizados nas proximidades de rio, baía, lago, açude ou represa poluídos abrigam 15,8% da população. Do total, 89,4% das pessoas estão na área urbana e 10,6% na área rural.

No que se refere aos domicílios em situação de risco por estarem localizados em áreas com violência ou vandalismo, 38,2% da população no Brasil afirma ser afetada pelo problema.

Serviços

Entre os domicílios em que energia elétrica é originada em uma rede geral, 64% das pessoas que vivem em domicílios onde a frequência do fornecimento é em tempo integral avaliam a moradia como boa. Outros 26,4% a consideram satisfatória e 7,3% avaliam que o abastecimento é ruim.

Em relação à disponibilidade de água, 47,1% dos lares com abastecimento diário avaliam o lar como bom, 18,5% o consideram somente satisfatório e 4,6% alegam que a residência é ruim.

Das mais de 78 milhões de pessoas que vivem em domicílios que não tem escoadouro de esgoto adequado, 23,6% avaliou a moradia como boa, enquanto 10,9% e 3,5% acham satisfatória e ruim, respectivamente.

Com referência à opinião da qualidade do serviço de coleta de lixo, 54,8% das pessoas que vivem em domicílios com coleta diária consideram que sua moradia é boa, 22% a julgam satisfatória e 5,8% ruim. Já para aqueles que têm seu lixo domiciliar coletado por caçambas, 4,3% avaliam a coleta de lixo como boa, 1,9% satisfatória e 0,6% como e ruim.

Valedoitaúnas/Informações R7



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