22,8% da população capixaba estava na linha da pobreza em 2023. Já na faixa da extrema pobreza, eram 2,7% das pessoas, segundo pesquisa Pnad Contínua

Família que vive na extrema pobreza, com menos de R$ 288 por mês – Foto: TV Cabo Branco/Reprodução

A quantidade de pessoas que vivem na pobreza ou extrema pobreza no Espírito Santo caiu entre 2022 e 2023, mas cerca de um quarto da população capixaba (25,5%) ainda vive nessa situação, segundo levantamento do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN).

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) mostrou que 22,8% da população capixaba estava na linha da pobreza no ano passado. Já na faixa da extrema pobreza, eram 2,7% das pessoas.

Pela classificação, são chamadas de pobres aquelas pessoas que vivem com menos de R$ 664,02 por mês. Jás as pessoas em situação de pobreza extrema vivem com até R$ 208,42 mensais.

Entre 2022 e 2023, a taxa de pobreza passou de 26,4% das pessoas para 22,8%. A redução foi de 3,6 pontos percentuais.

No Brasil, a pobreza caiu de 31,6% para 27,5%, ou queda de 4,2 pontos percentuais. A redução da pobreza capixaba foi, portanto, menor do que a brasileira em um ano.

Apesar disso, o pesquisador do Instituto Jones dos Santos Neves, Pablo Lira, ressalta que os índices capixabas são os menores dos últimos anos.

"A integração dos esforços do governo do estado com o governo federal, tanto nas políticas públicas de assistência social quanto nas ações de melhoria do ambiente econômico, geração de emprego e ampliação da renda, fizeram com que o Espírito Santo alcançasse as menores taxas de pobreza e extrema pobreza de toda a série histórica", disse Lira.

Já a taxa de extrema pobreza, entre 2022 e 2023, passou de 4,1% das pessoas para 2,7%. A redução foi de 1,4 ponto percentual. No Brasil, a pobreza caiu de 5,9% para 4,4%, ou queda de 1,5 ponto percentual. A redução da pobreza capixaba também foi menor do que a brasileira em um ano.

Quando se fala em pobreza, o Espírito Santo ocupa a 17ª posição entre os estados. Maranhão, o que tem mais pessoas na pobreza, 51,6% das pessoas estão nessa situação. Seguido po Acre (51,5%) e Ceará (48,7%). Já na extrema pobreza, o estado com mais pessoas nessa situação é Acre (13,2%), seguido por Maranhão (12,2%) e Ceará (9,4%).

Rendimento médio no ES ficou em R$ 2.907.

Outro dado revelado pela pesquisa e reunidos pelo especial "Pobreza nos estados brasileiros", do IJSN, mostrou o rendimento mensal médio real da população residente com algum tipo de rendimento em cada região.

No Espírito Santo, em 2023, o rendimento médio foi de R$ 2.907, na frente do rendimento médio brasileiro, que foi de R$ 2.846. O Distrito Federal ficou na frente, com maior valor (R$ 4,966), seguido por São Paulo (R$ 3.520) e Rio de Janeiro (R$ 3.510).

Os estados com menores rendimentos médios foram Maranhão (R$ 1.710), Bahia (R$ 1.806) e Pernambuco (R$ 1.824).

(Fonte: g1 ES)