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Magnata dos cereais da Ucrânia morre em bombardeio russo na cidade de Mykolaiv

31 de julho de 2022

Oleksiy Vadatursky, de 74 anos, e sua mulher Raisa, foram vítimas de ataque feito por drones

Magnata dos cereais da Ucrânia morre em bombardeio russo na cidade de MykolaivEmpresário ucraniano Oleksiy Vadatursky morre em bombardeiro russo – Foto: Sisin Denis/Latifundist

Um bombardeio russo neste domingo (31) resultou na morte de um dos homens mais ricos da Ucrânia. Trata-se do empresário Oleksiy Vadatursky, de 74 anos, que atua na exportação de grãos. Ele e sua mulher, Raisa, foram alvos de um ataque massivo feito com explosivos transportados por drones, na cidade de Mykolaiv, no sul do país.

O casal morreu após um projétil ter atingido a casa deles, durante a noite, segundo a imprensa ucraniana. Vadatursky era dono da empresa Nibulon, um grupo que atuava na produção e exportação de cereais. Ele também recebeu o prêmio "Herói da Ucrânia".

O prefeito de Mykolaiv, Oleksandr Senkevych, afirmou que este foi provavelmente o mais pesado bombardeio russo na cidade até agora. De acordo com a AFP, o prefeito disse que "explosões poderosas" foram ouvidas duas vezes durante esta madrugada. Outros ataques atingiram as regiões de Kharkiv (leste) e Sumy (nordeste).

Na noite de sábado, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu aos moradores da região de Donetsk que deixassem a região para escapar do "terror russo" e dos bombardeios neste território no leste do país, em grande parte sob o controle de Moscou.

“Foi tomada uma decisão do governo sobre a evacuação obrigatória da região de Donetsk” disse Zelensky em vídeo. “Quanto mais moradores deixarem a região de Donetsk agora, menos pessoas o exército russo matará”, completou.

A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, já havia anunciado a evacuação compulsória da população de Donetsk, uma das duas regiões administrativas da bacia industrial do Donbass onde a Rússia está ganhando terreno.

Ela justificou a decisão pela destruição da rede de gás e pela ausência de aquecimento no próximo inverno na região.

Pelo menos 200.000 civis ainda vivem nos territórios da região de Donetsk que ainda não estão sob ocupação russa, segundo uma estimativa das autoridades ucranianas.

Acusação russa

A Rússia informou, neste domingo (31), que um ataque com drone explosivo feriu seis pessoas na sede de sua frota no Mar Negro, na Crimeia anexada.

O governador de Sebastopol, Mikhail Razvojayev, postou em sua conta do Telegram a seguinte mensagem: "Esta manhã, os nacionalistas ucranianos decidiram estragar o Dia da Frota Russa", que é comemorado na Rússia neste domingo.

Ele explicou que um drone havia pousado no pátio e relatou seis feridos entre os funcionários.

Todas as festividades do Dia da Frota Russa "foram canceladas por razões de segurança", disse Razvojayev, pedindo aos moradores de Sebastopol que não deixem suas casas "se possível".

As autoridades ucranianas, porém, negaram estar por trás desse ataque sem precedentes, descrevendo as acusações russas como "provocação deliberada".

O anúncio de um "suposto ataque ucraniano à sede da frota russa em Sebastopol" é "uma provocação deliberada", disse Serguii Bratchuk, porta-voz da administração regional de Odessa (sul da Ucrânia), em um vídeo no Telegram.

"A libertação da Crimeia ucraniana ocupada acontecerá de outra maneira muito mais eficiente", acrescentou.

Durante um discurso em São Petersburgo (nordeste da Rússia), o presidente Vladimir Putin anunciou que sua Marinha seria equipada "nos próximos meses" com um novo míssil de cruzeiro hipersônico Zircon, que "não conhece obstáculos".

A frota russa "é capaz de infligir uma resposta devastadora a todos aqueles que decidirem atacar a nossa soberania e liberdade", assegurou Putin, ressaltando que o seus equipamentos militares "estão sujeitos a melhorias contínuas".

A entrega dos mísseis Zircon "às Forças Armadas russas começará nos próximos meses", disse ele.

Valedoitaúnas (O GLOBO)



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