Mãe e filha presas por morte de agricultora pagaram criminoso para 'dar susto' na vítima, no ES
14 de dezembro de 2019
Sulamita Almeida e Flávia Almeida, mãe e filha presas pela morte da agricultora Thamires Lorençoni, de 27 anos, confessaram que contrataram criminosos para ‘dar um susto’ na vítima. O crime aconteceu no dia 30 de novembro, em Vargem Alta, no Sul do Espírito Santo, e, inicialmente, era tratado como tentativa de assalto.
Sulamita é madrasta do marido de Thamires. De acordo com a investigação, ele tinha um envolvimento amoroso com a filha dela, Flávia. Por isso, mãe e filha teriam planejado o crime.
“Desde 13 anos eles mantinham relacionamento. Ela [Flávia] confessou que o ele dava a esperanças de um dia morar com ela”, contou o advogado das suspeitas, José Carlos Silva.
Ainda de acordo com o advogado, elas não tinham a intenção de que Thamires fosse morta.
“O depoimento da Flávia diz que contratou uma pessoa por R$ 1,5 mil para poder dar um susto na Thamires. Não havia a intenção de morte”, disse.
Investigação
Imagens de videomonitoramento anexadas ao processo policial mostram o momento em que Thamires Lorençoni é atingida pelos tiros.
A versão inicial era de que Thamires teria sido morta durante uma tentativa de assalto. Isso porque, na tarde do crime, Thamires seguia com o marido no sentido Vargem Alta em um caminhão quando um carro emparelhou com o veículo e dois homens armados abordaram o casal.
Na ocorrência policial consta que eles exigiram dinheiro e depois atiraram apenas em Thamires, fugindo em seguida. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu.
Entretanto, essa investigação inicial de latrocínio não se sustentou por muito tempo. A polícia agora trabalha com a hipótese de crime de mando. As duas suspeitas foram presas no último dia 5.
A Polícia Civil mantém o caso em sigilo e disse que só vai passar mais informações depois que o inquérito for concluído, o que deve ocorrer ainda nesta semana.
Os dois suspeitos de assassinato, que abordaram o caminhão onde estava Thamires, ainda não foram localizados pela polícia. As duas mulheres estão presas no Centro de Detenção Provisória Feminino de Cachoeiro de Itapemirim.
(*G1)
Foto: Reprodução/ TV Gazeta