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Lula se reúne com Xi Jinping: “Ninguém vai proibir que o Brasil aprimore relação com a China”

14 de abril de 2023

Lula e Xi Jinping se encontraram no Grande Salão do Povo, com direito a Hino Brasileiro e música de Ivan Lins

Lula se reúne com Xi Jinping: “Ninguém vai proibir que o Brasil aprimore relação com a China”Xi Jinping e Lula – Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Pequim – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi recebido nesta sexta-feira (14) pelo presidente chinês Xi Jinping, em Pequim, com uma cerimônia coreografada nos mínimos detalhes, com mais de 400 militares em marcha e crianças enfileiradas chacoalhando bandeiras do Brasil e da China. Em discurso, Lula afirmou que “ninguém vai proibir que o Brasil aprimore sua relação com a China”.

A recepção a Lula, em frente ao Grande Salão do Povo, epicentro do poder chinês, contou ainda com disparos de tiros de canhão e diversas bandas de música. Elas entoaram o Hino Brasileiro e, enquanto os dois presidentes passavam as tropas em revista caminhando sobre tapetes vermelhos, tocaram a canção “Um novo tempo”, de Ivan Lins”.

A cerimônia de recepção a Lula durou 15 minutos e se deu na frente do Grande Salão do Povo, o epicentro do poder chinês, bem em frente à mítica Praça da Paz Celestial.

Acompanhados das primeiras-damas, Xi Jinping e Lula cumprimentaram ministros dos dois países que os aguardavam na escadaria e, logo depois, entraram para o esperado encontro programado para ocorrer em dois tempos – a primeira parte na companhia de vários auxiliares dos dois lados e a segunda, mais restrita e reservada.

“Ontem, fizemos visita a Huawei numa demonstração de que queremos dizer ao mundo que não temos preconceito com o povo chinês. E que ninguém vai proibir que o Brasil aprimore sua relação com a China”, afirmou Lula, reafirmando o discurso que fizera pouco antes na Assembleia Popular Nacional, o congresso chinês.

Lá, o presidente falou em fazer uma parceria com a China para “mudar a governança mundial” e que os “interesses na relação com a China não são apenas comerciais”.

Resultados

Como resultado da visita oficial, deverá ser divulgado um comunicado conjunto de 49 parágrafos com os principais resultados da visita.

Os termos do comunicado foram negociados por diplomatas dos dois países até as horas que antecederam a reunião de Lula com Xi Jinping.

Há, no pacote, uma série de acordos comerciais e de cooperação, inclusive na área tecnológica.

Após dias de suspense em torno de uma possível adesão do Brasil à Nova Rota da Seda, o megaplano do governo de Xi Jinping para ampliar a presença chinesa ao redor do mundo por meio de investimentos em projetos bancados por Pequim, foi batido o martelo: não haverá adesão.

A China pressiona o Brasil há tempos para aderir ao plano, mas o Itamaraty resiste. Um dos motivos da resistência é o embaraço diplomático que a assinatura de um acordo desse tipo poderia causar na relação com o governo americano, franco opositor da iniciativa.

Para justificar aos chineses a não adesão, o Brasil argumenta que já existem outros canais na relação entre os dois países capazes de comportar os mesmos tipos de investimentos, sem necessidade de integrar formalmente o rol de quase 150 países que já participam do plano. A Nova Rota da Seda completa uma década neste ano.

(Fonte: Metrópoles)



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