Lula diz que Israel desobedece ONU e chama Hamas de terrorista
15 de fevereiro de 2024Presidente reforçou que "Brasil condenou de forma veemente a posição do Hamas", mas que não há "nenhuma explicação para o comportamento de Israel"
Presidente Lula – Foto: Ricardo Stuckert/PR
Nesta quinta-feira (15), em sua visita ao Cairo, capital do Egito, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez duras críticas às posições de Israel e do grupo palestino Hamas nos conflitos em Gaza.
Desde o início do conflito, em 7 de outubro, Lula tem defendido o cessar-fogo imediato dos ataques. "Eu não encontro uma explicação porque que a ONU não tem força suficiente para evitar que essas guerras aconteçam, antecipando qualquer aventura. Porque a guerra não traz benefício a ninguém, ela traz morte, destruição e sofrimento”, disse o presidente, que também defende a criação de um Estado Palestino.
Em seguida, o mandatário fez apontamentos sobre ambos os lados do conflito. “O Brasil foi um país que condenou de forma veemente a posição do Hamas no ataque a Israel e ao sequestro de centenas de pessoas. E nós condenamos e chamamos de ato terrorista. Mas não tem nenhuma explicação o comportamento de Israel, a pretexto de derrotar o Hamas, estar matando mulheres e crianças”, argumentou o presidente.
Além disso, o presidente adicionou que Israel "tradicionalmente" não cumpre decisões da ONU. “A única coisa que se pode fazer é pedir paz pela imprensa, mas ao que me parece, Israel tem a primazia de descumprir, ou melhor, de não cumprir nenhuma decisão emanada da direção das Nações Unidas, então é preciso que a gente tome decisão”, disse.
No dia 7 de outubro do ano passado, o Hamas, grupo que controla região da Faixa de Gaza, lançou um ataque surpresa de mísseis contra Israel, matando cerca de 1,2 mil civis e militares e fazendo centenas de reféns israelenses e estrangeiros.
Em resposta, Israel vem realizando ataques contra várias infraestruturas do Hama, em Gaza. Além disso, o governo israelense impôs cerco total ao território, com o corte do abastecimento de água, combustível e energia elétrica. Os ataques de Israel já deixaram mais de 22 mil de mortos, sendo a maioria mulheres e crianças, além de feridos e desabrigados.
(Fonte: R7)