Lula assina declaração conjunta pedindo que grupo terrorista Hamas liberte reféns
23 de abril de 2024Pedido faz um apelo ao cessar-fogo do conflito com Israel, ‘que facilitaria o envio de assistência humanitária a Faixa de Gaza’
Lula assina declaração conjunta com 16 países – Foto: Ricardo Stuckert/PR
O presidente Luiz Inacio Lula da Silva (PT) assinou nesta terça-feira (23) uma declaração conjunta pedindo a libertação imediata dos reféns do grupo terrorista Hamas, detidos em Gaza desde outubro do ano passado. O pedido, assinado por 16 países, faz um apelo ao cessar-fogo do conflito com Israel, “que facilitaria o envio de assistência humanitária adicional necessária a toda a Faixa de Gaza”.
Entre os países que assinaram a declaração estão os Estados Unidos, Alemanha, Argentina, Áustria, Canada, Dinamarca, França, Hungria, Polônia, Romania, Reino Unido e Tailândia. A carta aponta que com o cessar-fogo, os moradores de Gaza poderiam retornar a suas casas, “com preparativos prévios para gratinar abrigo e provisões humanitárias”.
Por fim, os países afirmaram apoiar os esforços de mediação para que todos os reféns possam voltar casa. “Reiteramos o nosso apelo ao Hamas para que liberte os reféns e nos deixe pôr fim a esta crise, para que, coletivamente, possamos concentrar os nossos esforços em trazer paz e estabilidade à região”.
Lula e Israel
Em fevereiro, Lula afirmou que a ação do Exército de Israel na Faixa de Gaza é um “genocídio” e voltou a defender a criação de um Estado Palestino. “Sou favorável à criação do estado palestino livre e soberano. Que possa esse estado palestino viver em harmonia com Israel. O que o governo de Israel está fazendo não é guerra, é genocídio porque está matando mulheres e crianças”, defendeu.
O presidente também recomendou que ninguém tentasse interpretar sua declaração do último domingo (18) – em que comparou o governo de Israel ao Holocausto nazista e a Hitler – e pediu para que todos a lessem a entrevista “ao invés de ficar me julgando pelo que disse o primeiro-ministro de Israel”.
Mesmo após a fala ter gerado uma crise diplomática, o presidente voltou a afirmar que Israel comete genocídio contra a Palestina e chamou o conflito de “ato de desumanidade”. As declarações foram feitas durante coletiva de imprensa após uma reunião com o presidente de governo da Espanha, Pedro Sánchez, no Palácio do Planalto, em março.
Hamas
Lula também tem condenado os ataques terroristas promovidos pelo Hamas, mas classifica o governo israelense como genocida, devido à morte de milhares de mulheres e crianças. Em outra via, o grupo parabenizou o presidente brasileiro por sua vitória eleitoral, após ter derrotado Jair Bolsonaro nas eleições. Em uma publicação em seu site oficial, se refere ao petista como um “lutador pela liberdade”.
O texto ainda afirma que Basim Naim, membro do comitê executivo do grupo, “considerou a eleição de Lula uma vitória para todos os povos oprimidos ao redor do mundo, particularmente o povo palestino, pois ele é conhecido por seu forte e contínuo apoio aos palestinos em todos os fóruns internacionais”. “Ele espera que o presidente Lula mitigue todos os efeitos do apoio ilimitado ao estado de ocupação israelense”, conclui a publicação.
(Fonte: R7)