Lei que inclui igrejas na lista de atividades essenciais é sancionada no Espírito Santo
20 de julho de 2020O Projeto de Lei foi aprovado, em sessão da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, no dia 08 de julho
Cultos presenciais devem retornar no ES, mas com restrições – Foto: Divulgação
Já está em vigor a lei que estabelece as igrejas e os templos de qualquer culto como atividade essencial em períodos de calamidade de saúde pública no Espírito Santo. A nova lei, que ainda estipula regras para o funcionamento destes locais nesse período, foi publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (20).
A lei de número 11.151 dispõe, em parágrafo único, que "poderá ser realizada a limitação do número de pessoas presentes em tais locais, de acordo com a gravidade da situação e desde que por decisão devidamente fundamentada da autoridade competente, devendo ser mantida a possibilidade de atendimento presencial em tais locais", diz o texto.
Em março deste ano, um decreto do Governo Federal estabeleceu as igrejas e os templos de qualquer culto como atividade essencial, regulamentando a Lei Federal nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, para definir os serviços públicos e as atividades essenciais.
O Projeto de Lei foi aprovado, em sessão da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, no dia 8 de julho. A matéria, de autoria dos deputados Delegado Danilo Bahiense (PSL) e Pastor Marcos Mansur (PSDB), foi aprovada em regime de urgência na sessão virtual, e também determina regras para o funcionamento das igrejas.
Na sessão, durante os debates, o deputado Vandinho Leite (PSDB) criticou o item que trata da limitação do número de pessoas nas igrejas. “Temos igrejas em comunidades que com 10, 15, 20 pessoas ficam lotadas e têm aquelas que não ficam. Inserir que o Estado vai regulamentar tira poder da Assembleia”.
Dary Paung (PSB), no exercício de líder do governo na Assembleia, concordou com a retirada do trecho que dava um prazo de 30 dias para a legislação começar a valer. Janete de Sá (PMN) falou que estava de acordo que era preciso uma regra para reabertura dos templos para evitar a disseminação da covid-19.
Os deputados Sergio Majeski (PSB) e Doutor Hércules (MDB) chamaram a atenção para ataques que alguns parlamentares sofreram em redes sociais. Eles esclareceram que a Assembleia nunca foi contra a liberação de cultos e missas e que a matéria deveria ser mais discutida, como aconteceu até a aprovação na quarta-feira (15).
No final de junho, a Arquidiocese de Vitória estabeleceu algumas regras para que as atividades presenciais da Igreja Católica sejam retomadas em alguns municípios capixabas. Desde o início da pandemia do novo coronavírus, essas ações estavam suspensas. As medidas foram estabelecidas em uma carta encaminhada pelo arcebispo de Vitória, dom Dario Campos, a padres, diáconos e religiosos que atuam no estado.
Entre as regras citadas por dom Dario estão a orientação com relação a medidas de proteção e higiene, como o uso de máscaras, higienização dos ambientes, disponibilização de álcool em gel na entrada dos templos e durante as celebrações, a aferição da temperatura dos fiéis, a obediência ao distanciamento mínimo necessário, a disponibilidade de horários variados de missas e celebrações, a recomendação para que pessoas do grupo de risco permaneçam em casa, entre outras.
O arcebispo destacou ainda que devem ser obedecidas as medidas adotadas pelo Estado e pelos municípios, de acordo com a classificação de risco de cada município, conforme o Mapa de Risco do Governo do Estado, e as orientações das autoridades sanitárias.
Valedoitaúnas/Informações Folha Vitória