Secretário de Saúde de São Mateus, Henrique Follador – Foto: Divulgação/Secom/PMSM

Deu no Jornal Nacional: a Justiça Federal determinou que Vale e BHP depositem judicialmente R$ 10,3 bilhões para garantir que todos os programas, projetos e ações em execução pela Fundação Renova, para a reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana, incluam os municípios indicados na Deliberação nº 58/2017 do Comitê Interfederativo (CIF) – entre eles, São Mateus, no Norte do Espírito Santo.

A decisão atende a um pedido de Ministério Público Federal, Ministério Público do Espírito Santo, Ministério Público de Minas Gerais, Defensoria Pública do Espírito Santo, Defensoria Pública da União e do Estado do Espírito Santo.

"Ao longo dos anos, as empresas e a Fundação Renova simplesmente desconsideraram os municípios litorâneos de seus programas. Passados sete anos do rompimento da Barragem de Fundão, a área costeira/litorânea nunca foi atendida por ações de recuperação", diz um trecho da petição, ajuizada em setembro de 2022.

SÃO MATEUS SAIU NA FRENTE

O secretário de Saúde de São Mateus, Henrique Follador, informou que o município “saiu na frente, fez o dever de casa”, e desde 2018 vem fazendo o trabalho de levantamento das famílias atingidas, reuniões e mobilizações com as comunidades, além de mutirões para identificação de doenças e outros males causados pela lama da Samarco – o que culminou com o Plano de Ação da Secretaria Municipal de Saúde de São Mateus-ES para o Enfrentamento de Situações Causadas pelo Desastre da Mineradora Samarco.

“Entre as doenças identificadas, as principais foram as relacionadas à pele. Também há inúmeros casos de alcoolismo, contaminação do pescado. Enviamos tudo para o Ministério Público Federal. O recurso sendo liberado, será investido em ações de saúde, entre outras, nas comunidades das regiões atendidas”, destacou Henrique.