Justiça mantém mãe presa por assassinato de filho que está vivo
12 de setembro de 2020Órgão admite que houve erro na digitação do documento, mas, com base em laudos hospitalares, afirma que houve tentativa de homicídio
Mãe está presa há dois anos –Foto: Reprodução/Record TV Rio
Apesar de ter admitido erro, a Justiça manteve uma mãe presa por suspeita de assassinato do filho no Rio. No entanto, a criança está viva.
A defesa descobriu o erro e pediu a liberdade imediata da mulher. Contudo, o órgão afirmou que ocorreu “erro material da era da informática” e, por isso, faltaram as palavras “tentativa de”.
A juíza responsável pelo caso manteve a mãe na prisão com base em informações hospitalares. Segundo o laudo, a criança apresentava lesão corporal por faca. Além disso, a suspeita teria confessado para uma conselheira tutelar ser usuária de drogas e que, após uma discussão com o ex-marido “acabou por envolver a criança”.
Segundo familiares, a briga aconteceu em 16 de novembro de 2018, na casa do pai do menino em Mesquita, na Baixada Fluminense. Ela e o filho teriam ido comemorar o aniversário do homem, mas no final da festa, ele não permitiu que a mãe fosse embora junto com a criança.
Os dois teriam entrado em luta corporal e o ex-marido chegou a apontar uma arma de brinquedo. Com isso, a mulher pegou a faca. Com o barulho da discussão, vizinhos acionaram a polícia e alegaram que os pais tentavam matar o filho. O casal por preso e indicado por tentativa de homicídio.
O pai foi solto, pois os agentes entenderam que ele não participou da ação. Um dos PM que realizou a prisão disse que no dia da ocorrência a mãe teria afirmado ter quebrado o braço da vítima de tanto apertá-la e que queria matá-lo. O policial revelou ainda que, ao pegar a criança, ela estava enrolada e com a respiração fraca.
A família da mulher negou que ela tenha tentado matar o menino e que ela é uma boa mãe.
“Ela merece vir cuidar do filho. O Estado tirou dela o filho do seio que ela amamentava e a oportunidade de ver o filho crescer.”, afirmou a advogada Simone Maria, em entrevista à Record TV Rio.
Valedoitaúnas/Informações R7