Jovens de Linhares no ES vão responder na Justiça por racismo na internet
22 de janeiro de 2024Segundo apresentado pelo MPES, foram registrados na ação, os crimes de racismo, além de corrupção de menores. A denúncia já foi aceita pela Justiça Estadual
Foto: Reprodução
Uma jovem, de 19 anos, e duas adolescentes, de 17 anos, de Linhares, no Norte do Espírito Santo, vão responder na Justiça por crime de racismo, após a publicação do vídeo com falas racistas no TikTok. A denúncia do Ministério Público Estadual (MPES), por meio da 2ª Promotoria de Justiça Criminal Linhares, foi aceita pela Justiça.
Segundo o MPES, foram registrados na denúncia os crimes de racismo, além de corrupção de menores. Isso após ela realizar, ao lado de duas adolescentes, afirmações preconceituosas em relação à raça e cor de outra pessoa, em um aplicativo de celular.
Além disso, em relação às duas adolescentes, o MPES propõe que, se comprovada a prática do ato infracional, seja aplicada a medida socioeducativa.
“Proferiram palavras racistas em tom de chacota”, diz MPES
De acordo com a denúncia, elas falaram palavras racistas e discriminatórias, em tom de descontração e chacota. O vídeo foi publicado no contexto de uma “trend”, parecida com uma brincadeira praticada pelos usuários da rede social.
Foi destacado pelo MPES que as jovens, a todo momento, riam quando diziam, de maneira pejorativa, a palavra “preto”, desclassificando não apenas a pessoa a qual elas se referiam, mas todas as pessoas pretas.
"Diante dos fatos, o Ministério Público requer que a denunciada seja condenada pelos crimes descritos e que seja fixada uma multa para reparação dos danos materiais e morais", finaliza.
Jovens ficaram em silêncio durante interrogatório
Na época do crime, as jovens foram identificadas e intimadas a comparecer na delegacia para serem interrogadas. Durante o depoimento, as duas adolescentes, de 17 anos, e a jovem de 19 anos foram orientadas pelos advogados a permanecerem em silêncio.
Além disso, os membros do movimento negro de Linhares e pessoas da comunidade também foram ouvidos e passaram o entendimento sobre a situação.
(Fonte: Folha Vitória)