Cidade já contabiliza 165 casos confirmados neste ano, conforme dados computados até último sábado (3), com grande aumento nas últimas semanas

Chikungunya é causada pelo mosquito Aedes Aegypti – Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Prefeitura de Jaguaré, no Norte do Espírito Santo, decretou situação de emergência em saúde pública nesta quarta-feira (7), devido ao aumento de casos de chikungunya no município. Desde o início do ano já são 165 confirmações da doença na cidade, segundo a administração municipal. Com o decreto, a intenção de intensificar os esforços no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus, e pode aplicar multas a quem não cumprir as exigências.

A prefeitura destacou que os dados são alarmantes. De janeiro até a primeira quinzena de abril, foram registradas 93 confirmações. Em um intervalo de 20 dias, outras 72 pessoas tiveram o diagnóstico.

Já o número de notificações, quando há pacientes com suspeita da doença, era de 259, até o dia 17 de abril, e chegou a 618 nesta quarta-feira (7). O número de casos confirmados de chikungunya chegou a 165. No ano passado inteiro, foram 107. Em 2023, a cidade não teve apenas 29 casos notificados e nenhum foi confirmado.

Números computados até o último sábado (3) – Foto: Prefeitura de Jaguaré

O decreto, assinado pelo prefeito Marcos Guerra, define a execução de ações necessárias para evitar o avanço do mosquito, que pode transmitir, além da chikungunya, o zika vírus e a dengue, doenças que causam sintomas graves e até a morte. Entre as medidas, os agentes de fiscalização de saúde vão poder entrar nas casas dos moradores à força.

Segundo a prefeitura, a Secretaria Municipal de Saúde está desenvolvendo ações, como mutirões de limpeza pelos bairros, começando pelo bairro Seac, onde se concentra a maior parte dos casos do município. Na cidade, 90% dos registros estão dentro de casas, o que preocupa o município, devido a proximidade das pessoas com os criadouros do mosquito.

A administração destacou que a população foi orientada a fazer imediatamente a limpeza dentro de casas e quintais para eliminar os focos. “Proprietários de terrenos baldios devem ficar atentos quanto à realização de limpeza com frequência dos seus lotes. Dada a gravidade da situação, penalidades – como advertência e multas, devem começar a ser aplicadas”, informou o município, em nota.

(Fonte: A Gazeta)