Investigado por desejar que gays morram por coronavírus é preso armado
17 de maio de 2020Homem estava com uma pistola e 51 munições
Arma e munições aprendidas pelos policiais – Foto: Divulgação
A Polícia Civil de Bonito (MS), a 300 quilômetros de Campo Grande, prendeu na tarde deste sábado (16) um homem de 41 anos suspeito de praticar homofobia. Ele teria manifestado nas redes sociais o desejo de que gays morressem por conta do coronavírus (Covid-19). Com ele foi encontrada uma pistola calibre 380 e 51 munições.
A prisão ocorreu durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa dele. O homem foi autuado em flagrante por posse irregular e, além da arma, a polícia apreendeu também dois computadores, dois celulares e um HD externo, que serão encaminhado à perícia.
O delegado Gustavo Henriques Barros, titular da Delegacia de Polícia de Bonito, representou pela expedição de mandado de busca e apreensão, bem como pela prisão preventiva do investigado. O Ministério Público também entendeu pela necessidade da prisão, porém o Poder Judiciário indeferiu o pedido.
De acordo com a Polícia Civil, o suspeito mantém uma página no Facebook e a usa para fazer discursos de ódio. Em alguns casos, chegou a ameaçar publicamente desafetos políticos e fazer apologia e incitação à violência. Ele conta com mais de 9 mil seguidores, sendo que seus vídeos alcançaram milhares de visualizações.
No início da semana, começou a circular nas redes sociais um áudio, com a voz do suspeito, contendo ofensas discriminatórias dirigidas ao grupo LGBTQ. Em certo ponto do áudio, o investigado deseja que todos os homossexuais morram de coronavírus.
Foi instaurado inquérito policial para investigar as manifestações discriminatórias e seis testemunhas descreveram-no como sendo um homem agressivo e perigoso, relatando que estão com medo de testemunhar por conta dessa agressividade. O suspeito foi preso em flagrante por posse irregular de arma de fogo de uso permitido e o delegado pediu novamente sua prisão preventiva, fundamentada no risco de que, em liberdade, o suspeito atrapalhe as investigações coagindo testemunhas.
Valedoitaúnas/Informações Midiamax