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Impasse na PEC dos Precatórios, ala do governo defende Auxílio Brasil fora do teto de gasto

08 de dezembro de 2021

Impasse na PEC dos Precatórios, ala do governo defende Auxílio Brasil fora do teto de gastoAuxílio Brasil – Foto: Divulgação

Diante do impasse sobre a votação e promulgação da PEC dos Precatórios, uma ala do governo voltou a defender o pagamento do Auxílio Brasil fora do teto dos gastos públicos.

Seria a alternativa caso a proposta acabe não sendo promulgada de forma fatiada nem votada pela Câmara dos Deputados ainda neste ano.

Um assessor presidencial disse ao blog que a determinação do presidente Jair Bolsonaro é pagar o Auxílio Brasil de R$ 400 a partir deste mês de dezembro de qualquer jeito, com ou sem aprovação da PEC dos Precatórios.

Com a PEC, segundo ele, seria o melhor caminho. Mas, se ela não for aprovada ainda neste ano, pelo menos temporariamente seria adotado um outro caminho.

Auxílio Brasil

O auxiliar informou que o governo poderia bancar o pagamento em dezembro e nos primeiros meses do próximo ano, aguardando uma aprovação da Câmara dos Deputados dos pontos alterados pelo Senado, principalmente os relacionados ao adiamento do pagamento de precatórios.

Neste caso, o pagamento poderia ser viabilizado por meio de crédito extraordinário, fora do teto dos gastos públicos. Essa solução agrada a ala política do governo, porque abriria mais espaço no Orçamento da União de 2022 para outras despesas dentro do teto.

Ou seja, recursos para emendas parlamentares e para o fundo eleitoral, que vai financiar as eleições do ano que vem.

Os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira, devem se reunir nesta terça-feira (7) novamente com líderes do Senado para analisar uma saída para o impasse.

Lira segue defendendo a promulgação fatiada, de trechos em comum nas duas Casas, como a alteração no cálculo do teto dos gastos públicos e o parcelamento de dívidas de prefeituras com a Previdência em até 240 meses.

Já os pontos alterados pelo Senado teriam de passar pela Comissão de Constituição e Justiça e por Comissão Especial antes de serem votados no plenário da Câmara, o que dificilmente aconteceria neste ano.

Uma alternativa seria anexar os pontos alterados a uma outra PEC em tramitação na Câmara, o que poderia permitir sua votação diretamente no plenário. Solução que teria de contar com a concordância de todos os líderes da Casa.

No Senado, a maioria da Casa se coloca contra a promulgação fatiada e defende que a Câmara vote na íntegra o texto aprovado no Senado.

Até a promulgação fatiada não resolveria totalmente os problemas do governo. Permitiria um pagamento do Auxílio Brasil de R$ 400 em dezembro e nos dois primeiros meses do ano que vem. Mas o governo teria de colocar no Orçamento de 2022 o pagamento integral de R$ 89 bilhões de precatórios, já que esse ponto, alterado pelos senadores, precisa ser aprovado pelos deputados.

Valedoitaúnas (g1)



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