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Igreja Universal foi usada para lavar dinheiro da prefeitura do Rio, diz MP

13 de setembro de 2020

Prefeito da capital carioca, Marcelo Crivella, é bispo licenciado pela IURD e tem forte ligação com a entidade

Igreja Universal foi usada para lavar dinheiro da prefeitura do Rio, diz MPProximidade da IURD com Crivella é destacada pelo sub-procurador que enviou o documento ao MP-RJ – Foto: Fábio Motta/Agência O Globo

O Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MP-RJ) afirmou ter encontro indícios de “bilionárias movimentações atípicas” da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). O órgão disse ainda que a entidade religiosa era utilizada para lavagem de dinheiro da administração do Rio.

A análise do MPRJ está em um documento com 262 páginas que foi assinado no dia 2 de setembro. O arquivo foi enviado pelo Subprocurador-Geral da Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos, Ricardo Ribeiro Martins. A informação foi dada pelo G1.

Segundo o portal, o sub-procurador cita um Relatório de Inteligência Financeira (RIF) do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). O relatório afirma que a igreja foi “objeto de comunicação em razão da identificação de movimentações financeiras de R$ 5.902.134.822,00”. As movimentações aconteceram entre maio de 2018 e abril de 2019.

O G1 diz ainda que o relatório reuniu dados sobre CNPJ’s ligados à IURD e movimentações sobre a entrada e saída de dinheiro vivo e de outras transferências bancárias. O documento não detalha como acontecia a lavagem de dinheiro.

Entretanto, o sub-procurador destaca a existência de provas e a ligação do prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos) com a igreja. O mandatário da capital carioca é bispo licenciado pela IURD e teve sua campanha coordenada por Mauro Macedo, primo de Edir Macedo, o fundador da entidade.

Além do que foi pontuado no relatório, a coleta de mensagens de aparelhos celulares também são indícios do crime, segundo o sub-procurador. Vale mencionar que registros de movimentações atípicas em um RIF do COAF não configuram, necessariamente, um crime.

Valedoitaúnas/Informações iG



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