Home - Geral - Idosa é despejada de cobertura após filha vender o apartamento...

Idosa é despejada de cobertura após filha vender o apartamento

07 de setembro de 2024

Imóvel no condomínio Golden Green foi vendido por R$ 3 milhões

Idosa é despejada de cobertura após filha vender o apartamentoGolden Green – Foto: Divulgação Golden Green

Uma idosa de 68 anos foi despejada de uma cobertura de 470 metros quadrados no condomínio Golden Green, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. O imóvel, avaliado em R$ 3 milhões, foi vendido pela filha da mulher em 2022.

A ordem de despejo foi emitida na semana passada, conforme documentado pelo UOL e revelado pelo jornal O Globo. O despejo foi necessário após a venda do imóvel, com o novo comprador obtendo uma decisão judicial para a desocupação sob pena de multa diária. O mandado foi cumprido em 28 de agosto, quando a idosa teve que retirar seus pertences, que foram transportados em quatro caminhões.

A família se mudou para a cobertura em 1998, quando a filha da idosa tinha apenas 9 anos. Após o divórcio da idosa com seu ex-marido, um empresário do setor alimentício, iniciou-se uma disputa sobre pensão alimentícia. O imóvel estava registrado em nome da empresa do ex-marido, que atualmente pertence à filha, mas antes de 2020 era de outros sócios.

A idosa alega que o imóvel sempre pertenceu ao ex-marido e não à filha, que seria uma "sócia laranja". Segundo Vanda Mesquita, advogada da idosa, o ex-marido deve à mulher uma pensão atrasada superior a R$ 4 milhões desde 2017.

A defesa da idosa afirma que ela não foi informada sobre a venda do imóvel. "Não consta nos autos a comprovação de que a idosa tenha sido comunicada antes da venda desse imóvel", afirma Vanda Mesquita.

O outro filho da idosa, que vive em Portugal, tem tentado ajudar a mãe à distância. A relação entre mãe e filha era boa até 2022, quando a filha se afastou e não procurou mais a mãe.

Após o despejo, a idosa passou mal no dia 30 de agosto e foi hospitalizada com uma infecção no ouvido. A defesa relata que, ao tentar contatar a filha para assinar a internação, a filha visualizou as mensagens sem responder e não atendeu às ligações do serviço social. Uma sobrinha foi então acionada para assinar a internação. A idosa recebeu alta na segunda-feira, 2 de setembro, e seus pertences foram realocados para outros três endereços da mulher: um no Recreio e dois em Ramos, zona norte do Rio.

Defesa da filha

A defesa da filha alegou que a mãe se recusava a desocupar o imóvel e não tinha direito à cobertura. "O fato de a ré se negar a desocupar o imóvel, sem qualquer causa justa que legitime esta posse, configura verdadeira usurpação contra a propriedade, direito real maior, constituído pelo autor", argumenta o advogado Rodrigo Gamboa Longui.

O caso continua a gerar controvérsia e destaca as complexas questões familiares e legais envolvidas na disputa pela propriedade e pensão.

(Fonte: iG)



banner
banner