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Idosa de 90 anos é achada viva em necrotério após ser dada como morta pelos médicos

30 de novembro de 2023

Paciente morreu dois dias depois de retornar a um dos leitos da unidade de saúde por choque séptico provocado por sepse

Idosa de 90 anos é achada viva em necrotério após ser dada como morta pelos médicosHospital fica na cidade de São José, em Florianópolis – Foto: Reprodução/Google Maps

Uma idosa de 90 anos foi encontrada viva em um necrotério da cidade de São José, na Grande Florianópolis, em Santa Catarina, horas depois de o hospital onde ela estava internada tê-la declarado morta, neste último sábado (25).

Após a constatação do falso óbito, Norma Silveira da Silva voltou a ser hospitalizada, mas morreu na madrugada de segunda-feira (27).

Quem percebeu que a vítima ainda estava viva foi o funcionário de um crematório, que foi ao necrotério buscar o cadáver. Ele notou que o corpo da idosa estava quente e ainda não estava rígido.

A cuidadora Jéssica Silvi Pereira, de 30 anos, amiga de Norma, relatou que a vítima deu entrada no Hospital Regional de São José Doutor Homero de Miranda com a saúde bastante debilitada. A idosa teria sido levada para a sala de reanimação.

"No sábado à tarde, eu fui visitá-la e ela abriu o olho. Não tinha muitos estímulos, mas conseguiu abrir o olho e viu que estávamos ali", conta a amiga. No sábado à noite, ela e um filho da idosa receberam a notícia de que ela tinha morrido.

Na declaração de óbito emitida pelo hospital, e à qual a reportagem teve acesso, consta que Norma Silveira da Silva teria morrido por "infecção do trato urinário". Segundo Jéssica, o corpo da vítima foi enviado para o necrotério sem que a família pudesse ver a idosa.

Foi aí que o funcionário do crematório suspeitou, abriu o saco que envolvia a idosa e percebeu que ela estava respirando.

Após ser hospitalizada novamente, Norma morreu no começo da madrugada de segunda-feira. A segunda declaração de óbito emitida pela unidade aponta como causa de morte "choque séptico" provocado por "sepse com foco indefinido".

Jéssica diz que ela e a família não tiveram explicações claras sobre a morte de Norma por parte dos médicos.

Procurados, o Hospital Regional de São José Doutor Homero de Miranda e a Secretaria da Saúde de Santa Catarina não haviam se manifestado sobre o caso até a publicação deste texto.

O Conselho Regional de Medicina do Estado catarinense afirmou que "tomou conhecimento da situação e vai instaurar procedimento adequado para acompanhar o caso".

(Fonte: R7)



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