Em setembro de 2018, André Luiz dos Santos jogou álcool e ateou fogo na ex-companheira, Marciane Pereira, por não aceitar o fim do relacionamento

Marciane Pereira teve queimaduras de terceiro grau em todo o corpo – Foto: Reprodução/TV Vitória

Quase 4 anos após o crime, o homem que ateou fogo na ex-companheira, Marciane Pereira, foi julgado e condenado a 32 anos de prisão em regime fechado. O julgamento aconteceu no Fórum da Serra, nessa terça-feira (30), e durou cerca de oito horas.

Em setembro de 2018, André Luiz dos Santos jogou álcool e ateou fogo na ex-companheira, por não aceitar o fim do relacionamento. O crime aconteceu na casa de Marciane, no bairro Jardim Tropical. O homem se entregou à polícia três dias após o ocorrido e, desde então, segue preso. 

Marciane teve queimaduras de terceiro grau em todo o corpo, ficou em coma induzido e respirou com a ajuda de aparelhos. Ela também precisou passar por uma cirurgia para amputar uma das pernas.

André Luiz dos Santos jogou álcool e ateou fogo na ex-companheira – Foto: Polícia Civil

Após cinco meses de internação e 18 procedimentos cirúrgicos, Marciane recebeu alta do Hospital Jayme Santos Neves. A mulher conversou com a equipe de reportagem da TV Vitória/Record TV, um ano após ser atacada pelo ex-companheiro e relatou algumas limitações. 

"É muito diferente. Acordava cedo, saía para trabalhar, correr, fazer as coisas sozinha. Mudou muito do que eu era antes. Hoje respiro com a ajuda de Deus. Antes, os aparelhos me ajudavam", contou ela, na época. 

A vítima revelou ainda que via um lado agressivo do ex-companheiro, mas não imaginava que ele teria coragem de cometer um ato tão cruel. Apesar de tudo, ela afirmou não ter ódio de André. "Eu não tenho ódio dele, só queria saber o porquê de ter feito isso. Se pelo menos metade do meu corpo se recuperar, já é suficiente", acrescentou.

Valedoitaúnas (Folha Vitória)