Homem no corredor da morte dos EUA pede por execução para não ‘desperdiçar tempo’
24 de abril de 2025James Osgood, condenado por estupro e assassinato no Alabama, abriu mão de recursos e pediu a própria execução
James Osgood, condenado por estupro e assassinato no Alabama, abriu mão de recursos e pediu a própria execução – Foto: Divulgação/Departamento de Correções do Alabama
Um homem condenado à morte no Alabama, nos Estados Unidos, será executado nesta quinta-feira (24) após abrir mão de todos os recursos judiciais. James Osgood, de 55 anos, diz que não deseja “desperdiçar o tempo e o dinheiro de todos”.
Osgood se declarou culpado pelo estupro e assassinato de Tracy Lynn Brown, em 2010. Ele deve ser submetido à injeção letal às 18h, no horário local (20h, em Brasília), no Centro Correcional William Holman, em Atmore.
O homem foi condenado por homicídio doloso após cortar a garganta de Brown, de 44 anos, em um crime brutal que envolveu abuso sexual. Segundo os promotores, ele e sua namorada, prima da vítima, agrediram Brown após discutirem fantasias de sequestro e tortura. A namorada de Osgood foi condenada à prisão perpétua.
“Acredito firmemente no princípio do olho por olho, dente por dente. Tirei uma vida, então a minha foi perdida”, disse Osgood à agência de notícias AP.
Em uma carta ao seu advogado, Osgood expressou cansaço e a sensação de que “não está mais existindo”. Ele também pediu desculpas à família de Brown, reconhecendo que não espera perdão.
“Gostaria de pedir desculpas à família da vítima. Não vou pedir perdão a eles porque sei que não podem me dar. Só Deus pode conceder perdão”, afirmou.
O crime ocorreu em 23 de outubro de 2010, quando Brown foi encontrada morta em sua casa no Condado de Chilton. Osgood confessou à polícia que abusou sexualmente da vítima e a assassinou.
A sentença inicial de Osgood foi anulada em 2014 devido a instruções inadequadas ao júri, mas, em 2018, ele pediu novamente a pena de morte para evitar mais audiências.
De acordo com o Centro de Informações sobre a Pena de Morte, cerca de 165 das mais de 1.650 pessoas executadas nos EUA desde 1977 pediram suas próprias execuções. A maioria desses casos envolve históricos de doença mental, abuso de substâncias ou ideação suicida.
(Fonte: R7)