De acordo com o Boletim de Ocorrência, o suspeito disse aos militares que atenderam o caso que 'estava no local para matar ou para morrer'. Policiais militares dispararam oito vezes

DHPP da Serra, ES – Foto: Polícia Civil/Divulgação

Um homem invadiu uma casa, não se rendeu à polícia e foi morto a tiros por militares após luta corporal na madrugada desta quinta-feira (27), no bairro Barro Branco, na Serra, na Grande Vitória.

De acordo com informações do boletim de ocorrência, o suspeito invadiu uma residência e a proprietária acionou a polícia. Quando os militares chegaram ao local, a mulher relatou que o homem parecia estar em surto e não queria sair do quintal de forma alguma.

No boletim consta que os militares deram ordem para que o homem saísse do quintal e se apresentasse à equipe. No entanto, o suspeita da invasão continuava irredutível, dizendo frases aleatórias, além de estar armado com uma chave de fenda e uma faca.

Devido a um possível transtorno mental, conforme consta no boletim, os policiais se aproximaram do invasor pelo portão da residência na tentativa de conseguir imobilizá-lo e usaram gás de pimenta, sem êxito.

Consta no boletim, que os militares que atenderam a ocorrência solicitaram uma outra equipe para levar uma arma de choque para imobilizar o homem. Além de pedirem o apoio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), devido à possibilidade de ser um surto psicótico ou uso excessivo de entorpecentes.

Segundo o relato dos militares, antes da chegada do Samu ou do apoio da corporação com a arma de choque, o homem gritou que 'estava ali para matar ou para morrer e que não sairia'.

Luta corporal

Segundo o boletim, quando os militares conseguiram entrar no quintal da residência, eles deram nova ordem para o homem sair do local. O suspeito não obedeceu a ordem e entrou em luta corporal com os soldados.

Na tentativa de fugir do cerco, o homem correu em direção a um policial que utilizou o bastão para se defender. Consta do boletim que o invasor conseguiu arrancar o bastão do militar.

O soldado atacado sacou a arma, se afastou e deu ordem para que o homem colocasse a faca, a chave de fenda e o bastão no chão. No entanto, mais uma vez o homem não obedeceu e avançou para cima do policial, tentando tomar a arma de fogo.

De acordo com o relato dos militares, nesse momento, o policial atacado caiu no chão. Outro militar, que também atendia a ocorrência, disparou três vezes em direção ao suspeito. O policial atacado fez outros cinco disparos em direção ao homem, que caiu no chão.

Depois do homem ser baleado, um carro da Polícia Militar chegou para dar apoio, além de uma ambulância do Samu.

O homem foi socorrido e levado para o Hospital Estadual Jayme Santos Neves, também na Serra, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Segundo os relato no boletim de ocorrência, no total, o suspeito foi atigido por quatro tiros. Um na região da barriga, um na região pélvica e dois no braço.

Na manhã desta quinta-feira (27), a Polícia Civil informou que o caso foi registrado como homicídio em confronto com agente do estado e seguirá sob investigação do Serviço de Investigações Especiais (SIE), que investiga ocorrências envolvendo agentes de segurança.

O corpo do suspeito foi encaminhado para o Departamento Médico Legal de Vitória para ser necropsiado e, posteriormente, liberado para os familiares. A faca e a chave de fenda utilizada pelo suspeito foi apreendida e entregue na 3ª Delegacia Regional da Serra e será encamia fonte será o capitão Zucolotto.

A Polícia Militar, por meio da Corregedoria, informou que foi acionada para atender uma ocorrência de invasão a domicílio em Barro Branco, na Serra. Disse ainda que a guarnição se deparou com um indivíduo em transtorno mental que não aceitava a ordem de saída da residência.

De acordo com a Polícia Militar, foi necessário o uso progressivo da força, com o emprego de espargidor de gás de pimenta e bastão retrátil para conter o agressor, que continuou alterado, fazendo ameaças com armas brancas em suas mãos.

Para preservar a vida dos moradores e da equipe policial, foi utilizado como último recurso o disparo de arma de fogo, causando ferimentos ao invasor, que foi socorrido ao pronto socorro, onde foi constatado o óbito.

(Fonte: g1 ES)