Hidrogênio é a aposta como o combustível da próxima geração
30 de outubro de 2022É esperado que o combustível da próxima geração seja o hidrogênio, dando preferência àquele produzido de forma sustentável.
Foto: Divulgação
É nisso que acredita o presidente da recém-privatizada Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior. “O combustível da próxima década muito provavelmente será o hidrogênio. E o hidrogênio que mais será valorizado no mundo é o verde”, ele disse nessa última terça-feira (25).
Ele espera que, devido à grande produção de energia elétrica verde no país, o Brasil terá vantagem na produção de hidrogênio. Esse combustível verde é formado utilizando energia e água renováveis.
Dos 186GW da matriz elétrica brasileira, mais de 80% vêm de fontes renováveis, como energia eólica, solar e hidroelétrica. Segundo o presidente da Eletrobras, a capacidade de produção de energia é bem maior e poderia gerar até 400GW.
Ferreira Júnior também acrescenta que estão considerando instalar usinas solares flutuantes nos reservatórios. Ele acredita que usinas hibridas são o futuro.
“Temos reservatórios, temos as linhas de transmissão instaladas e vamos aproveitar uma parte desse reservatório para colocar solar flutuante e criar as usinas do futuro, que são as usinas híbridas”, é o que ele explica sobre esse projeto. Com isso, ele acredita que o Brasil poderá produzir o hidrogênio verde mais barato do mundo, utilizando a energia elétrica solar e a água dos reservatórios para fazer o processo de eletrólise.
O CEO conta que, com a privatização e a reestruturação da Eletrobras, ela deixou de ser uma empresa avaliada em R$ 9 bilhões, em 2016 e se tornou uma com valor de R$ 105 bilhões nos dias atuais. “Nós criamos uma corporação que vai ser, em cinco anos ou menos, a maior empresa de energia renovável do mundo”, ele conta.
A Eletronorte, uma subsidiária da Eletrobras, selecionou cinco propostas as quais um programa dedicará R$ 12 bilhões a pesquisas para o desenvolvimento da usina que é localizada no estado do Amazonas, a hidrelétrica Balbina.
Essa parceria é feita em conjunto com o Senai, e os projetos serão desenvolvidos com a intenção de estudar a produção de hidrogênio verde na região amazonense, focando no uso da energia solar.
Aqueles que forem escolhidos para participar desse projeto utilizarão placas solares e os recursos naturais para produzir o hidrogênio verde.
A usina de Balbina foi inaugurada em 1989 e é considerada uma das menos eficientes que temos no Brasil. Antes, a usina de Balbina era a responsável por 80% da energia de Manaus, mas nos dias de hoje só é responsável por 17%.
(Fonte: R7)