Guedes quer reincorporar Ministério do Emprego à Economia após saída de Onyx
26 de julho de 2021Futuro ministro da pasta empregatícia deve deixar cargo em abril de 2021 para se candidatar ao governo do Rio Grande do Sul
Onyx Lorenzoni e Paulo Guedes – Foto: Agência Brasil/Valter Campanoto
O ministro da Economia, Paulo Guedes, e sua equipe já preparam estudos para reincorporar o Ministério do Emprego e Previdência ao Ministério da Economia até o fim do governo. Nos bastidores, assessores de Guedes acreditam que a pasta do Emprego, que será ocupada por Onyx Lorenzoni, deve ficar disponível em abril de 2022, após Lorenzoni pedir exoneração para se candidatar ao governo do Rio Grande do Sul.
Recriada para abrigar o Centrão no Palácio do Planalto, o Ministério de Emprego e Previdência deverá ser a pasta com maior fatia do Orçamento público, com quase R$ 800 bilhões. Além de programas empregatícios, a pasta irá abrigar pagamentos de benefícios previdenciários, como aposentadoria e auxílios.
No entanto, Guedes poderá abdicar da volta da pasta empregatícia como status de secretaria caso Bruno Bianco, atual secretário de trabalho e braço direito de Paulo Guedes, assuma a titularidade do ministério.
As tentativas, entretanto, podem esbarrar nos interesses políticos de Jair Bolsonaro em 2022. Embora acredite na saída de parte de seus ministros no próximo ano, Bolsonaro deve abrir os cargos vagos para partidos do Centrão e se manter alinhado com o Congresso Nacional.
Após prometer que não envolveria o bloco político em seu governo, Bolsonaro se viu pressionado por pedidos de impeachment e falta de apoio para aprovação de pautas ideológicas. A partir do começo deste ano, o Palácio do Planalto abriu as portas para deputados e senadores do Centão e selou a parceria após a indicação de Ciro Nogueira (Progressistas-PI) para a Casa Civil.
Segundo fontes próximas ao presidente, o governo deve liberar os próximos ministérios para o bloco, visando um possível processo de impeachment e acusações após o fechamento da CPI da Covid no Senado. Caso as acusações passem pelo plenário, o Planalto quer garantir o arquivamento das denúncias e a manutenção do cargo até, pelo menos, o fim de 2022.
Valedoitaúnas (iG)