Guedes afirma que congelamento de salários economizaria R$ 150 bi para auxílio
02 de março de 2021Ministro da Economia disse que liberação dos novos pagamentos poderiam ser facilitados se medida tivesse apoio de congressistas
Para Guedes, liberação do auxílio seria mais fácil com congelamento de salários – Foto: Reprodução/iG Minas Gerais
O ministro da Economia, Paulo Guedes , voltou a defender o congelamento de salários dos servidores públicos por dois anos como contrapartida para a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Orçamento de Guerra . Segundo ele, a economia seria de R$ 150 bilhões.
Está sendo discutida no Congresso Nacional uma medida que autorizaria uma nova rodada do Auxílio Emergencial. No entanto, a equipe econômica vem argumentando que mais gastos sem contrapartidas podem levar o país ao colapso.
"Isso seria caótico para o Brasil e teria um efeito muito ruim para o brasileiro. É o que aprendemos no ano passado e a gente não pode repetir", disse o Ministro Paulo Guedes em um podcast publicado nesta terça-feira (02) pelo Primocast.
Segundo ele, a única contrapartida que o governo quer para manter a camada de proteção aos mais frágeis é o congelamento dos salários do funcionalismo.
"Não vamos tirar nada de ninguém, é só não aumentar o salário. Ficar sem aumento ano passado e esse ano é R$ 150 bilhões. Para onde foram esses R$ 150 bilhões? Estados, municípios, hospitais públicos e hospitais universitários", declarou, ressaltando que esse dinheiro será investido na saúde.
Na visão do ministro, senão houver uma contrapartida dos gastos haverá um custo para futuras gerações sob pena de comprometer fortemente a atividade econômica no país.
"Os juros começam a subir, acaba o crescimento econômico e começa a confusão. Endividamento em bola de neve, a confiança dos investidores desparece, interrompe a criação de emprego, renda, inovação e aumenta o desemprego. É o caminho da miséria, caminho da Venezuela, caminho da Argentina", disse no podcast.
Ele ainda afirmou que essa ajuda aos mais necessitados deve ser uma contribuição dos funcionários públicos.
"Toma aqui o dinheiro da saúde, mas isso exige um sacrifício: Vamos ficar sem aumento de salário durante um ano? É uma contribuição do funcionalismo, porque no setor privado milhões de pessoas iam perder o emprego", afirmou.
Valedoitaúnas/Informações iG