Grupo é preso no ES por fraude de mais de R$ 500 milhões em esquema de compra e venda de carros de luxo
14 de dezembro de 2023Quatro pessoas da mesma família foram alvos da Operação Xampu II, deflagrada em Guarapari, na Grande Vitória. A Justiça bloqueou R$ 5 milhões das contas deles e de empresas ligadas ao grupo
Os investigados foram alvo da Operação Xampu II, deflagrada em Iguape, na zona rural de Guarapari – Foto: Pablo Campos/TV Gazeta
Quatro pessoas da mesma família foram presas por suspeita de uma fraude de R$ 500 milhões em um esquema de compra e venda de veículos de luxo no Espírito Santo. Eles foram alvo da Operação Xampu II, deflagrada em Iguape, na zona rural de Guarapari, no Sul do Estado. Foram bloqueados R$ 5 milhões das contas deles e de empresas ligadas ao grupo criminoso pela Justiça.
Os suspeitos presos são Isaac Gabriel Borin Borges, Leonardo Quilqui, Luzildo Adeodato Borges e Cláudia Cristina Borin Borges. A prisão aconteceu na noite desta quarta-feira (13). Os golpes já eram aplicados há cerca de dois anos, segundo a polícia.
As investigações mostraram que os suspeitos compravam carros de luxo de forma parcelada, com cheques sem fundo, e imediatamente após pegarem os veículos, já os vendiam, em preço abaixo do valor de mercado.
Na fraude, eles não registravam os veículos nos nomes deles, nem das empresas de posse da família. Os registros eram feitos em nomes de terceiros que, segundo as investigações, faziam a documentação de boa-fé, o que demonstra a ramificação do crime com outras vítimas.
Lavagem de dinheiro
A investigação do caso começou em setembro, quando foram apreendidos R$ 62 milhões em cheques, R$ 11 mil em dinheiro, além de armas, notas promissórias e aparelhos eletrônicos – Foto: Polícia Civil ES
Durante a investigação foi descoberto que parte do dinheiro era investido em uma empresa de cosméticos da família. O valor do maquinário industrial utilizado para produção dos produtos foi avaliado em R$ 50 milhões, que é de propriedade da mulher denunciada.
Além do investimento, os suspeitos também usavam outra empresa, também de posse da família, para lavagem de dinheiro.
A investigação do caso começou em setembro, quando foram apreendidos R$ 62 milhões em cheques, R$ 11 mil em dinheiro, além de armas, notas promissórias e aparelhos eletrônicos na casa de seis pessoas.
Além disso, R$ 7 milhões em veículos tinham sido bloqueados pela Justiça para o ressarcimento das vítimas. Na época, nenhum suspeito de envolvimento no esquema foi preso.
Os presos serão encaminhados ao presídio. A reportagem ainda tenta contato com a defesa do grupo.
(Fonte: g1 ES)