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Greve dos petroleiros paralisa mais de 18 mil trabalhadores pelo País. Petrobrás inicia ‘contratação imediata’

08 de fevereiro de 2020

Greve dos petroleiros paralisa mais de 18 mil trabalhadores pelo País. Petrobrás inicia ‘contratação imediata’Foto: Esq.: FUP/Dir.: ABR

A Petrobrás informou que iniciou procedimento para contratação imediata de mão-de-obra e de serviços para garantir a continuidade operacional em suas unidades durante a greve dos petroleiros iniciada há sete dias./

A medida foi autorizada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) em decisão proferida na quinta-feira (6), que impôs ainda uma série de outras sanções aos sindicatos em greve. A estatal garantiu que até o momento nem a produção de petróleo ou de derivados está sendo afetada pela greve.

Em nota divulgada neste sábado (8), o Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (Sindipetro-LP) afirmou que a greve dos petroleiros afeta a produção de petróleo no pré-sal.

“Trabalhadores das plataformas P-66 e P-67 entregaram as unidades à contingência da empresa com carga reduzida. Em todo o país, já são mais de 18 mil trabalhadores em greve, espalhados em ao menos 91 unidades da Petrobrás e 13 estados brasileiros”, diz o sindicato.

Leia a nota do Sindipetro-LP:

Petroleiros e petroleiras das unidades operacionais espalhadas na base do Sindipetro-LP seguem em greve neste sábado (8) e, superadas as primeiras 24 horas de braços cruzados, já afetam a produção de petróleo no pré-sal. Trabalhadores das plataformas P-66 e P-67 entregaram as unidades à contingência da empresa com carga reduzida. Em todo o país, já são mais de 18 mil trabalhadores em greve, espalhados em ao menos 91 unidades da Petrobrás e 13 estados brasileiros.

No Litoral Paulista a greve atinge (até o fechamento desta reportagem) as seguintes unidades: Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão (RPBC); Usina Termoelétrica Euzébio Rocha (UTE-EZR), também em Cubatão; Terminal Transpetro Alemoa, em Santos; Terminal Almirante Barroso (Tebar), em São Sebastião; Unidade de Tratamento e Gás Monteiro Lobato (UTGCA), em Caraguatatuba; e plataformas de Mexilhão, P-66, P-67 e P-69, cujos desembarques ocorreram hoje.

Deflagrado ontem, o movimento enfrenta ameaças de punições, assédio moral e outras arbitrariedades da alta cúpula da empresa. Desde o presidente bolsonarista Roberto Castello Branco até as gerências locais, o que se vê é a tentativa de impor um clima de terror sobre os grevistas. No Litoral Paulista, as situações mais graves ocorrem nas plataformas e RPBC/UTE EZR.

Devido ao forte assédio moral, na P-67 trabalhadores passaram mal e um deles, sem condições de realizar as atividades mínimas para a segurança da plataforma, teve de ser retirado da área e está sob observação no camarote. Na P-66, a perseguição gerencial resultou no adoecimento de três trabalhadores e alguns foram encaminhados à enfermaria. Além disso, o gerente da plataforma ameaçou punir os grevistas e espalhou mentiras sobre o movimento para gerar medo e tentar dividir a categoria.

Na Refinaria de Cubatão, a gerência segue se recusando a negociar o contingente de greve com o Sindicato para forçar a substituição dos grevistas por pelegos (fura-greves). Inclusive, recebemos a informação de que a empresa já procurou petroleiros aposentados para assumirem, provisoriamente, alguns postos. Evidentemente, nossa orientação é de que nenhum aposentado aceite esse “convite”. O momento é de fortalecer e não de atrapalhar a luta da categoria pelo cumprimento do ACT, contra as demissões e por soberania nacional.

Valedoitaunas/Com informações do BRASIL 247



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