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Grávida deve fazer pré-natal mesmo durante pandemia. Veja o que muda

21 de abril de 2020

Ministério da Saúde recomenda que consultórios fiquem abertos, mas consulta virtual é permitida; especialista dá dicas de como se prevenir

Grávida deve fazer pré-natal mesmo durante pandemia. Veja o que mudaGrávidas devem continuar fazendo o pré-natal – Foto: Pixabay/Reprodução

Flávia Bittencout está grávida de cinco meses e uma semana. Ela faz o pré-natal pelo Sistema Único de Saúde (SUS) – onde desmarcou uma consulta – e pela rede particular. Está indo pessoalmente às avaliações, de carro e sempre usando máscara para se prevenir contra o novo coronavírus.

Na última quinta-feira (16), ela fez exames na clínica privada. “No consultório particular tem uma menina e o doutor. Ele está bem equipado", descreve, referindo-se aos equipamentos de proteção.

"Eu fiz exame hoje e estava vazio [o local]. Tinha pouca gente, eles reduziram o horário de atendimento", acrescenta.

A jovem, que mora em Campos do Jordão (SP), conta que tem uma alimentação saudável e sua gestação é perfeita. Mas ela está nervosa com a volta ao trabalho. "Eu sou recepcionista de uma clínica de ressonância, volto a trabalhar segunda. Isso está me deixando bastante preocupada", desabafa.

Nem todas precisam de consultas presenciais

O Ministério da Saúde recomenda que todos os consultórios permaneçam abertos para atender as mulheres grávidas. Mas, por causa da pandemia do novo coronavírus, também estão permitidas consultas virtuais.

O ginecologista e obstetra Geraldo Caldeira, membro da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), afirma que as avaliações presenciais são necessárias para as mulheres que se encontram no final da gestação, possuem comorbidades – como diabetes e hipertensão – ou estão grávidas de gêmeos.

"É obrigatório que elas usem máscara. Se tiverem sintomas como febre, dor no corpo e falta de ar, a orientação é ir direto ao pronto-socorro fazer o teste de covid-19", destaca.

Caldeira deu férias coletivas para os profissionais que trabalham em seu consultório. Ele mesmo vai para lá só duas vezes por semana para atender quem está no final do pré-natal e aumentou o intervalo entre as consultas para uma hora, a fim de não sobrecarregar o local - antes, elas aconteciam a cada 30 minutos.

"Os exames devem ser marcados em horário específico para não acumular pacientes [na sala de espera], mas nem todos os laboratórios estão atendendo", observa.

Caso os exames não sejam urgentes, devem ser remarcados. "Por exemplo, um ultrassom. Mas tem exames no final do pré-natal que são essenciais, então não dá para protelar", pondera.

Por fim, ele enfatiza que é preciso evitar, ao máximo, sair de casa e manter as medidas de higiene, como lavar as mãos. "A gente tem dado, inclusive, atestado para home office", completa.

Valedoitaúnas/Informações R7



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