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Governo quer autorizar reajustes de servidores em 2022

19 de abril de 2021

Texto enviado ao Congresso destaca que decisão sobre aumento ainda não foi tomada

Governo quer autorizar reajustes de servidores em 2022Ministro da Economia Paulo Guedes e o presidente Jair Bolsonaro – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) de 2022, enviado pelo Ministério da Economia ao Congresso na última semana, autoriza o governo a conceder reajuste para servidores públicos federais no próximo ano. A proposta ainda precisa ser aprovada pelos parlamentares.

A decisão sobre o reajuste só será tomada em agosto, quando o governo enviará a proposta orçamentária de 2022, um ano eleitoral. O último reajuste para os servidores foi dado em 2016, durante o governo Michel Temer.

Durante o governo de Jair Bolsonaro, apenas militares receberam reajuste, como parte da proposta de reforma da Previdência da categoria.

A LDO estabelece as bases para o Orçamento do ano seguinte. O texto enviado ao Congresso autoriza a concessão de reajuste mas, na justificativa, o governo diz que isso só será avaliado no futuro.

"Há de se destacar, entretanto, que esse fato, por si só, não confirma a realização da medida no exercício financeiro de 2022, uma vez que a efetivação de tal reajuste remuneratório aos agentes públicos federais também depende de outros requisitos", diz o texto.

Entre os requisitos citados pelo governo está a existência de recursos orçamentários adequados e suficientes para suportar o impacto do reajuste. O texto também fala da necessidade de que as despesas primárias obrigatórias não superarão 95% do teto de gastos – regra que impede o crescimento das despesas da União.

"Assim, em que pese o citado dispositivo autorizativo no PLDO, apenas quando da elaboração do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA-2022) ter-se-á a avaliação adequada do cenário fiscal para a definição quanto à concessão ou não da revisão geral anual naquele exercício financeiro", diz o texto.

Em 2022, o teto de gastos irá crescer mais de R$ 106 bilhões, por conta da inflação. Parte desse valor será consumido pelo reajuste anual do salário mínimo e das aposentadorias. Mas outra parte poderá ser usada para obras e também para reajuste dos salários dos servidores.

No ano passado, o governo propôs e o Congresso aprovou o congelamento de salário de servidores públicos de União, estados e municípios até dezembro deste ano, como contrapartida ao socorro federal aos governos locais.

Valedoitaúnas/Informações iG



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