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Governo Lula vai impor regras rígidas para vacinar população

02 de janeiro de 2023

Vacinação não será obrigatória, mas quem não se vacinar poderá sofrer sanções

Governo Lula vai impor regras rígidas para vacinar populaçãoNísia Trindade é a primeira mulher a chefiar o Ministério da Saúde – Foto: Julia Prado/MS/Divulgação

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mal começou e já há algumas definições importantes. Na área da Saúde, a nova ministra, Nísia Trindade, já havia dito ao presidente, quando foi convidada para o cargo, que uma das condições para aceitar seria a criação de um cronograma com regras rígidas de vacinação. Como o petista também queria isso, a negociação acabou sendo fácil.

Nesta segunda-feira (2), Nísia tomou posse do cargo e confirmou que pretende pôr um ponto final à era negacionista na pasta. Pessoas de dentro do ministério confirmaram à coluna que, desde o anúncio dela como ministra, a ordem é reorganizar o cronograma de vacinação do Brasil. Todas as portarias criadas na época de Jair Bolsonaro (PL) e que dificultam o controle de imunização no país serão revogadas.

Uma fonte dentro do ministério de Saúde confirma que é um novo momento dentro da pasta. "Nísia já avisou que todo brasileiro será imunizado", garante um funcionário. Ele lembrou que a ideia é usar 2023 para fazer mutirões. "Haverá campanha de vacinação o ano todo com busca ativa para quem tiver vacina atrasada". A fonte ouvida pela coluna lembrou que o trabalho não será apenas na imunização da Covid-19, mas em todas as enfermidades.

"O quadro de vacinação no Brasil é tenebroso contra praticamente todas as doenças", revela um funcionário da pasta. "Nunca o país viveu uma situação assim. Corremos risco sério de enfrentar surto de várias doenças sérias já em 2024 se o quadro não for revertido. E só a vacinação resolve", garante.

A proposta de Nísia para a campanha é fazer programas em parceria com outras pastas, como a Educação, o Social e o Esporte. A intenção é que todos os programas do Governo Lula, para a participação acontecer, seja obrigatória a vacinação. "A intenção é exigir a caderneta de vacinação em dia seja para usuários do Bolsa-Família, beneficiários do Prouni e até em programas de atletismo para crianças e adultos", revela a fonte.

A coluna questionou se haverá obrigatoriedade de vacinação, principalmente da Covid. "Não, não haverá", garante uma pessoa ligada à ministra. Ela, no entanto, explica que, diferentemente do governo Bolsonaro, que tentou dificultar a vida das pessoas que se vacinavam, na administração de Lula será o oposto. "Ninguém será levado na marra para se vacinar, mas enfrentará sanções", diz sem explicar qual tipo de punição poderá ocorrer.

A respeito da vacinação da Covid-19, que enfrenta atraso na dose de reforço por grande parte do país, o ministério da Saúde pretende fazer uma campanha já nos primeiros meses do ano. "Queremos vacinar mais de 80 milhões de pessoas em dois meses para evitar que os casos voltem a subir", revela. A coluna lembrou que há cidades em que a imunização está parada por seguir normas técnicas que não baixaram a idade para a quarta dose. "A orientação vai mudar nos próximos dias", garante.

(Fonte: iG)



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