Governo deve zerar fila do Auxílio Brasil neste ano, afirma ministro
13 de dezembro de 2021João Roma, ministro da Cidadania, disse que 2 milhões de pessoas devem receber benefício, que já começou a ser pago
O ministro da Cidadania, João Roma – Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Arquivo
Diante do cenário de reflexos da pandemia de Covid-19, o ministro da Cidadania, João Roma, afirmou nesta segunda-feira (13) que o governo federal vai zerar ainda neste ano a fila do Auxílio Brasil, programa de transferência de renda que começou a ser pago no valor de R$ 400.
"No passado, o que se falava era que o ticket médio do programa girava em torno de R$ 190, sendo que pessoas recebiam abaixo e pessoas recebiam acima. Com esse novo Auxílio Brasil, estamos viabilizando que todos os beneficiários recebam, no mínimo, R$ 400, no calendário regular, que começou a ser pago no último dia 10 e se estenderá até 23 de dezembro", afirmou. "Além dos 14.700 milhões de famílias que são beneficiárias do Auxílio Brasil, outras duas milhões devem entrar no programa ainda neste ano de 2021 e, com isso, zerando toda a fila do programa", acrescentou.
O benefício de R$ 400 começou a ser pago na última sexta-feira (10). O programa social substituiu o Bolsa Família, criado na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e tem três benefícios básicos e seis suplementares, que podem ser adicionados caso o beneficiário arranje um emprego ou tenha um filho que se destaque em competições esportivas, por exemplo.
"Muitos desses beneficiários vão ganhar inclusive mais. Além do Auxílio Brasil, também estamos disponibilizando o cadastramento de mais 12 milhões de pessoas na tarifa social de energia elétrica, o que corresponde a um desconto de até 65% nessas contas de luz para a camada mais pobre da população", disse.
Roma comemorou o início do pagamento do Auxílio Brasil. "O programa chega neste momento justamente onde percebemos que a pandemia [de Covid-19] está passando, mas os efeitos sociais e econômicos ainda perduram em nossa sociedade, especialmente entre os mais necessitados. E, desde o princípio, o presidente Bolsonaro se manifestou que está determinado em ajudar aqueles que mais precisam. É isso que estamos fazendo no Ministério da Cidadania, o braço social do governo Bolsonaro".
Chuvas
O ministro da Cidadania comentou, ainda, sobre as ações feitas pelo governo diante das fortes chuvas que atingem estados como a Bahia e Minas Gerais. Durante o final de semana, Roma sobrevoou, junto com o presidente Jair Bolsonaro (PL), a região sul baiana – sete pessoas morreram e mais de 170 ficaram feridos. De acordo com o ministro, equipes da Defesa Civil e de assistência social estão no estado da Bahia desde o final de novembro.
"É um momento de muito desespero para as pessoas que são afetadas com essa calamidade. São muitas ações, que vão desde obstruir avenidas e locais isolados, resgate de pessoas, fornecimento de medicação, abrigamento de pessoas que estão desalojadas, enfim, são muitas ações que visam, no primeiro momento, a proteção da vida e, na sequência, retomar a normalidade da situação, com investimentos em infraestrutura, mas também no quesito social, pois essas pessoas precisam sim de todo o amparo do governo brasileiro", contou.
Auxílio para caminhoneiros
Bolsonaro havia dito que o governo estudava a concessão de uma bolsa-auxílio a caminhoneiros para que arcassem com o custo do combustível, que segue em alta. O presidente chegou a falar sobre o tema durante agenda pública – o valor seria em torno de R$ 400 por profissional.
O benefício, contudo, ainda não saiu do papel. O ministro da Cidadania disse que a pasta estuda sobre o tema juntamente com os ministérios da Infraestrutura e de Minas e Energia, mas "até agora não há nenhuma confirmação acerca desse benefício específico".
"O que nós observamos é que são muitas ações que estão sendo desencadeadas e outros suportes, às vezes mais efetivos, como, inclusive, a implantação de centrais para dar suporte aos profissionais liberais, os caminhoneiros autônomos, que estão fazendo o transporte de Norte ao Sul de nosso Brasil, com estruturas que possam viabilizar um melhor suporte para suas atividades", argumentou.
Valedoitaúnas (R7)