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Governo admite crise, mas diz que atenderá demanda de energia elétrica

31 de agosto de 2021

Nota do MME admite, porém, ‘a criticidade do momento’ por conta da crise hídrica

Governo admite crise, mas diz que atenderá demanda de energia elétricaBento Albuquerque, ministro de Minas e Energia – Foto: José Cruz/Agência Brasil

O Ministério de Minas e Energia informou nesta terça-feira (31) que diversos cenários analisados pelo órgão indicam “o atendimento da carga de energia elétrica”, após a adoção de um conjunto de medidas por conta da crise hídrica que ameaça o fornecimento de eletricidade no país.

A nota foi divulgada após reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que reúne as principais autoridades do setor. “Os cenários apresentados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) reforçam a criticidade do momento”, admite a nota.

O texto, porém, cita diversas medidas adotadas pelo governo recentemente, como a redução das vazões das hidrelétricas do Rio São Francisco (o que potencializa a geração de energia), e mais geração de energia para as regiões Sudeste e Centro-Oeste, que concentram a crise e 70% da capacidade de armazenamento de água do sistema elétrico nacional.

“As novas projeções indicam o atendimento da carga de energia elétrica nos cenários avaliados”, diz o texto.

Uma nota técnica do ONS, concluída na semana passada, indica ser necessário aumentar a oferta de energia em 5,5 GWmed para garantir o suprimento de eletricidade a partir de setembro de 2021. Para se ter ideia do que isso significa, nesta terça-feira o país consumiu cerca de 73 GWmed de energia. Ou seja, será necessário tomar medidas para garantir um adicional de cerca de 7% de energia.

A nota do MME desta segunda-feira também diz que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) fez atualizações sobre os custos decorrentes da implementação das medidas. Isso deve fazer com que a bandeira tarifária vermelha 2. A expectativa é que essa bandeira suba para algo entre R$ 14 e R$ 15 a cada 100 quilowatts-hora consumidos.

A alta deve ser confirmada nesta terça-feira, assim como a divulgação do programa para estimular a redução do consumo de energia elétrica.

O governo ainda informou que entrarão no sistema três termelétricas que estavam paradas, em Uruguaiana (RS), Cuiabá e Porto Velho.

Valedoitaúnas (iG)



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