Governadores buscam acordo com ministério para liberar a Sputnik V
21 de abril de 2021Após encontro com ministro da Saúde, governadores que comparam a vacina esperam que ela seja incluída ao PNI
Lote da vacina Sputnik V chega em aeroporto de Buenos Aires – Foto: Reuters/Agustin Marcarian
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se reuniu na tarde desta terça-feira (20) com governadores do Norte e Nordeste que buscam um acordo sobre a vacina contra covid-19 Sputnik V. O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), presidente do Consórcio do Nordeste, que reúne nove estados da região, afirmou na saída do encontro que há interesse de mais vacinas e condições de uso da Sputnik.
O Consórcio do Nordeste fechou a compra de 37 milhões de doses da vacina russa e quer que sejam incluídas no Programa Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde.
"O ministro também mantém a posição que todas as vacinas sejam colocadas no PNI. Significa que, nos estados que têm contrato firmado, vamos encontrar uma solução jurídica. Falta posição da Anvisa sobre colocar as vacinas no PNI", disse o governador do Piauí.
Dias afirmou que, na próxima segunda-feira (26), terá reunião com secretários-executivos e com a área jurídica do ministério. "O objetivo é chegar ao entendimento de como será o modelo de pagamento da vacina. Vamos tratar de um convênio. Há uma outra decisão a ser tomada. Se cabe a cada estado monitorar, como será feito o monitoramento?", indaga o governador.
Os governadores têm cobrado a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que autorize a importação da Sputnik V ainda em abril. A agência alega não ter dados suficientes para atestar segurança da vacina. Técnicos da Anvisa estão nesta semana na Rússia para realizar visitas de inspeção nos laboratórios que produzem a vacina.
O Brasil tem duas negociações paralelas com o instituto russo Gamaleya, fabricante da vacina, para obter a Sputnik: uma do Ministério da Saúde, que prevê a compra de 10 milhões de doses, e outra dos governadores, por mais de 60 milhões de doses.
Segundo Dias, o caminho encontrado é a recompra do contrato global. "Ou a compensação, assim mantém o equilíbrio nacional. Na Rússia, a vacina está sendo aplicada. Tem disponibilidade de entrega em abril. Falta autorização da Anvisa. Toda a nossa prioridade é não perder a entrega da Sputnik para o Brasil".
Valedoitaúnas/Informações R7