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General iraniano assume responsabilidade por queda de avião preferia morrer

11 de janeiro de 2020

General iraniano assume responsabilidade por queda de avião preferia morrer

O comandante da seção aeroespacial da Guarda Revolucionária iraniana, brigadeiro-general Amirali Hajizadeh, assumiu hoje a responsabilidade pelo abatimento acidental do Boeing 737 da Ukraine International Airlines, ocorrido na quarta-feira (8), que matou 176 pessoas. O militar afirmou que preferia estar entre os mortos.

“Assumo total responsabilidade”, disse ele em comunicado transmitido pela televisão local. “Eu preferiria morrer a ser testemunha de um acidente semelhante”.

De acordo com ele, o soldado encarregado das operações confundiu o avião de passageiros com um “míssil de cruzeiro” e teve “10 segundos” para decidir o disparo, disse o comandante.

“Foi um míssil de curto alcance que explodiu próximo ao avião. É por isso que o avião continuou voando e explodiu quando tocou o chão”, garantiu.

O presidente iraniano, Hassan Rohani, declarou que seu país “lamenta profundamente” o incidente, que chamou de “grande tragédia” e “erro imperdoável”.

“A investigação interna das Forças Armadas concluiu que, lamentavelmente, mísseis lançados por um erro humano causaram o horrível impacto no avião e a morte de 176 inocentes”, disse Hassan Rohani, presidente do Irã.

Já o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, pediu admissão de culpa total por parte do país, além do pagamento de indenizações. “Esta manhã não foi boa, mas trouxe a verdade. Esperamos do Irã garantias de prontidão para uma investigação completa e aberta, levando os autores à justiça, devolvendo os corpos dos mortos, pagamento de compensações e desculpas oficiais por canais diplomáticos”.

Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Holanda já haviam antecipado que a queda era resultado de um míssil iraniano, e vídeos neste sentido foram publicados nas redes sociais e pelo jornal The New York Times que mostrou um vídeo explodindo durante o voo.

Valedoitaunas/Com informações do UOL

Foto: EFE/EPA/Abedin Taherkenarh



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