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Gasolina do Brasil ficará igual à dos EUA e Europa a partir de agosto, diz Petrobras

25 de junho de 2020

Produto terá melhor qualidade para ficar compatível com o vendido na Europa e EUA

Gasolina do Brasil ficará igual à dos EUA e Europa a partir de agosto, diz PetrobrasDe acordo com a Petrobrás, gasolina brasileira passará a ter mais octanagem, que ficará em 92 RON – Foto: Divulgação

A Petrobras anuncia que está pronta para produzir em grande escala a nova gasolina, que chega para oferecer melhor qualidade, a partir de um maior nível de octanagem, conforme a resolução 807/20 da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A regulamentação estabelece que o combustível seja disponibilizado ao público a partir de agosto.

“A Petrobras já está pronta para produzir essa nova gasolina. A nova especificação é bem-vinda e vai aproximar a qualidade do combustível comercializado no Brasil ao dos mercados americano e europeu. A qualidade intrínseca da gasolina vai aumentar em termos de octanagem e massa específica, o que significa um combustível mais eficiente e de melhor proteção aos motores dos veículos. Isso vai permitir uma redução no consumo de gasolina por quilômetro rodado”, explica Anelise Lara, diretora de refino e gás natural da empresa.

O que e como ocorrerão as mudanças?

A nova especificação (Resolução ANP 807/20) entrará em vigor em duas fases: a primeira em agosto de 2020 e a segunda em janeiro de 2022. A resolução estabelece que a gasolina comum, tanto a produzida no Brasil como a importada, tenha uma massa específica mínima de 715 kg/m³, modificando o que se pratica atualmente, baseado na ausência de uma regulamentação como essa.

Além disso, a nova especificação também estabelece a necessidade de octanagem mínima de 92 pela metodologia RON, mais adequada às novas tecnologias de motores que já estão sendo introduzidas no país. A executiva da Petrobras também lembra da recente adoção do diesel parafínico renovável (HVO), conhecido também como Diesel Verde.

O novo combustível poderá atender, em conjunto com o Biodiesel já existente, a parcela de biocombustível que deve ser misturada ao diesel comercializado nos postos. A adoção do HVO melhora o desempenho dos motores, evitando problemas como entupimentos de filtros, bombas e bicos injetores que vem sendo observados na medida em que o teor de biodiesel que compõe o diesel comercializado ao consumidor final aumenta.

“A viabilidade econômica do diesel renovável dependente de seu reconhecimento no cumprimento da regra de adição de biocombustíveis ao diesel, assunto que atualmente está em discussão na ANP. Isso permitirá aumento da competitividade dos biocombustíveis para o ciclo diesel”, explicou Anelise Lara.

Além disso, a utilização do diesel parafínico renovável contribuiria para o país conseguir atingir, com as tecnologias veiculares conhecidas, a fase P8 do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve - 2022/2023).

Além da nova gasolina, a Petrobras realizará testes de produção do diesel renovável na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, no Paraná, a partir de julho. A entrada do combustível no mercado ainda depende de regulamentação pela ANP.

Valedoitaúnas/Informações iG



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