Funcionária de necrotério é presa por supostos ‘experimentos’ em cadáveres
25 de abril de 2025Mulher analisava partes do corpo humano amputadas após aplicar injeções
Bui aplicava uma injeção de formaldeído nos braços e observava os efeitos, em membros já amputados – Foto: Reprodução/Youtube/KVUE
Uma funcionária de um necrotério em Austin, no Texas, EUA, está sendo acusada de realizar experimentos em cadáveres e obter certidões de óbito fraudulentas.
Na última quinta-feira (10), Adeline Ngan-Binh Bui recebeu uma ordem de cessação imediata das atividades e perdeu a sua licença de trabalho. A mulher pode responder criminalmente por violação de normas sanitárias e de segurança.
Aos 50 anos, Bui foi acusada de abuso de cadáver e de cinco crimes de segundo grau por falsificação de documentos públicos com intenção de fraude ou prejuízo.
Segundo documentos judiciais obtidos pela FOX 7, os incidentes ocorreram em 2022.
Um ex-funcionário da companhia funerária Capital Mortuary Services relatou à Comissão de Serviços Funerários do Texas (TFSC) que Bui teria fraudado ao menos dez certidões de óbito, utilizando seu nome e número de licença sem consentimento.
Além disso, ele alegou que a mulher estaria realizando experimentos com partes do corpo amputadas, citando especificamente os braços de um cadáver não identificado.
A funerária Capital Mortuary Services foi fechada após os acontecimentos.
Experimentos em cadáveres
De acordo com os documentos judiciais, Bui aplicava uma injeção de formaldeído nos braços e observava os efeitos, em membros já amputados.
O Departamento de Polícia de Austin (APD) recebeu oito certidões de óbito assinadas eletronicamente pelo ex-funcionário da funerária.
No entanto, ele declarou não ter atuado como diretor funerário na Capital Mortuary e sim como operador de cremação, motorista e embalsamador, e disse jamais ter acessado o sistema utilizado para registros vitais na cidade.
Troca de mensagens
Segundo as investigações, Bui teria trocado mensagens com uma ex-funcionária sobre uma dessas certidões fraudulentas, em dezembro de 2023, e realizado capturas de tela da documentação.
Segundo as autoridades, Bui planejava monitorar o experimento a partir de novas certidões.
“Vamos usar essa atualização para monitorar nosso experimento”, escreveu.
Além da mensagem, foram anexadas fotos que mostravam braços decepados em diferentes estágios de decomposição.
De acordo com a polícia, Bui teria permitido que os membros dissecados fossem colocados no forno crematório, onde foram cremados “em estado dissecado e perturbado”.
Em nota à FOX 7, a equipe jurídica de Bui afirmou:
“Nosso sistema de justiça criminal se baseia na presunção de inocência e em uma avaliação cuidadosa e crítica das evidências, dos fatos e de suas fontes. Este caso envolve complexidades que não são imediatamente aparentes e não deve ser sensacionalizado”.
(Fonte: R7)