Frio extremo congela animais na Patagônia argentina
30 de julho de 2024Fenômeno é incomum; animais e pessoas tiveram que ser atendidos pelo serviço militar local
Ovelhas ficaram presas na neve por conta do frio – Foto: Reprodução/Ministério de Defesa da Argentina
São esperadas durante o inverno no Hemisfério Sul as temperaturas mais baixas, especialmente na Patagônia e no Cone Sul da América Latina. Neste ano, no entanto, os termômetros chegaram a registrar -15°C, uma condição meteorológica tanto extrema quanto incomum.
O frio intenso levou ao congelamento e morte de patos em lagoas e ovelhas presas em pilhas de neve. Equipes do serviço militar local precisaram ser acionadas para fornecer alimentos tanto para pessoas quanto para os animais que vivem nessa região.
Os termômetros chegaram a -15°C na Patagônia – Foto: Reprodução/Ministério de Defesa da Argentina
A atual onda de frio na Argentina é a segunda em três meses, conforme o Serviço Meteorológico Nacional da Argentina (SNM), que emitiu um alerta meteorológico amarelo devido ao risco de danos e interrupção das atividades cotidianas.
"Este é um fenômeno incomum”, disse Raúl Cordero, climatologista da Universidade de Santiago do Chile, em entrevista ao g1. O cientista também mencionou que as temperaturas extremas devem persistir na região durante a temporada de inverno.
Frio ocorre por conta da chegada de ar frio da Antártida – Foto: Reprodução
Como se dá o frio extremo na Patagônia?
As temperaturas mais baixas no Cone Sul da América Latina (Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai e sul do Brasil), e mais especificamente na Patagônia, resultam da chegada de ar frio da Antártida.
Os campos de gelo da Patagônia cobrem uma área de mais de 10.000 quilômetros quadrados na fronteira entre o Chile e a Argentina, o que equivale a 1,4 mil campos de futebol.
A alta pressão no extremo sul do continente traz o ar polar para o norte, especialmente quando o vórtice polar, uma massa giratória de ar com ventos fortes que mantém o ar frio sobre o Polo Sul, está fraco.
No entanto, especialistas concordam, segundo o g1, que invernos como este da Patagônia se tornarão cada vez mais raros no planeta se o CO₂ na atmosfera continuar a aumentar.
(Fonte: iG)