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Filhos de Bolsonaro reagem à operação da PF

18 de julho de 2025

Ex-presidente foi alvo de medidas cautelares, como colocar tornozeleira eletrônica e não contatar outros investigados no âmbito da trama golpista

Filhos de Bolsonaro reagem à operação da PFEduardo, Jair e Flávio Bolsonaro – Foto: Reprodução

Os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestaram publicamente  contra a operação da Polícia Federal (PF) realizada na manhã desta sexta-feira (18),  que impôs várias medidas cautelares ao ex-mandatário.

Entre essas medidas, Bolsonaro está proibido de contatar os investigados no inquérito sobre a tentativa de golpe. Dois filhos dele, Eduardo e Carlos, estão na lista.

No X (antigo Twitter), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) chamou a decisão do ministro Alexandre de Moraes como uma "humilhação proposital".

"Proibir o pai de falar com o próprio filho é o maior símbolo do ódio que tomou conta de Alexandre de Moraes" escreveu, comparando a decisão como uma "inquisição". Ele disse que Bolsonaro sairá "ainda maior e mais forte".

Já Eduardo Bolsonaro, deputado federal licenciado que atualmente reside nos Estados Unidos, relacionou a operação à carta que o presidente dos EUA, Donald Trump, publicou ontem em apoio a Bolsonaro.

"Alexandre de Moraes redobrou a aposta depois do vídeo de Bolsonaro para Trump ontem", escreveu. Ele ainda listou as outras medidas cautelares impostas ao pai, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de usar redes sociais.

Carlos Bolsonaro também repudiou a decisão de Moraes. No X, ele se disse "revoltado com toda a perseguição que meu pai vem sofrendo de forma criminosa".

"Como filho, não é fácil ver o homem que mais admiro sendo tratado dessa forma. Dói ver meu pai sendo censurado, calado, proibido de sair do país, sofrendo buscas arbitrárias, enquanto assassinos e corruptos vivem de forma livre no nosso país", escreveu.

Bolsonaro com tornozeleira eletrônica

Além da tornozeleira e proibição das redes, Bolsonaro terá que ficar em casa das 19h às 7h.

A PF também cumpriu mandados de busca na casa do ex-presidente e no escritório dele na sede do Partido Liberal (PL). Segundo informações da Globonews, os agentes encontraram US$ 14 mil em espécie, R$ 8 mil e um pendrive escondido no banheiro.

A ação foi motivada, segundo a decisão do ministro Alexandre de Moraes, por suspeitas de que o ex-presidente cometeu os crimes de coação no curso do processo, obstrução de Justiça e atentado contra a soberania nacional – este último, com apoio de Eduardo Bolsonaro, que disse ter "negociado" as tarifas impostas pelos EUA contra o Brasil. Os investigadores também apontaram risco de fuga do país.

"Um país soberano como o Brasil sempre saberá defender a sua Democracia e Soberania e o Poder Judiciário não permitirá qualquer tentativa de submeter o funcionamento do Supremo Tribunal Federal ao crivo de outro Estado, por meio de atos hostis derivados de negociações espúrias e criminosas de políticos brasileiros com Estado estrangeiro, com patente obstrução à Justiça e clara finalidade de coagir essa SUPREMA CORTE",  escreveu o ministro Alexandre de Moraes na decisão que autoriza a ação contra Bolsonaro.

(Fonte:  iG)



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