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Fila de espera por benefícios do INSS tem 1,2 milhão de pessoas

05 de junho de 2023

Número de pessoas que esperam por benefícios aumentou em 270 mil entre dezembro de 2022 e abril de 2023, segundo a Previdência

Fila de espera por benefícios do INSS tem 1,2 milhão de pessoasAgência da Previdência Social (INSS) – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A fila de espera por benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aumentou de 930 mil para 1,2 milhão entre dezembro de 2022 e março de 2023, segundo o último dado do Boletim Estatístico da Previdência Social. O crescimento é de 29,03%. Dentre os motivos da espera pela perícia estão auxílio por incapacidade de trabalho, pensão por morte e concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC) pago às pessoas com deficiência e a idosos de baixa renda.

O tamanho da fila do INSS contraria a promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que afirmou que liquidaria a espera caso fosse eleito.

“É possível fazer [zerar a fila]. Se nós voltarmos [à Presidência da República], vamos fazer isso, porque o mundo digitalizado está muito mais moderno, e as pessoas que fizeram a primeira vez estão todas vivas e muito dispostas a trabalhar", declarou Lula na véspera do segundo turno das eleições”, disse Luiz Inácio Lula Da Silva (Pt), Presidente Da República, na véspera do segundo turno das eleições.

Em abril, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, pediu uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para pedir verbas para cumprir a promessa de campanha eleitoral e acabar com as filas de concessão de benefícios.

De acordo com Lupi, para zerar a fila, o governo precisa suplementar o orçamento e conceder até 900 mil benefícios a mais do que o previsto para 2023. "Teremos que encontrar uma solução para o pagamento", declarou Lupi no dia da reunião.

Falta servidor e médico perito

O ministro justificou que um dos motivos para a demora é a falta de servidores para analisar o valor dos benefícios, que é variável de acordo com o caso. Além disso, ele também citou a carência de médicos peritos como um dos gargalos da pasta.

Ao R7, a pasta informou que estuda a melhor maneira de realizar mutirões de atendimento e as localidades que serão priorizadas. "Em breve, devem ser anunciadas mais informações sobre a ação. Até o fim do ano, esperamos reduzir o prazo para concessão de benefícios para 45 dias", afirmou.

Atualmente, os beneficiários esperam, em média, 67 dias para terem acesso a aposentadoria, podendo chegar a até 159 dias para outros benefícios, como pedidos de auxílio para acidentes de trabalho. Pela lei, o tempo médio de espera para concessão dos benefícios deve ser de 45 a 60 dias.

(Fonte: R7)



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