O funcionamento das atividades na Grande Vitória e em Santa Teresa será realizado com base nos dias ímpares e pares do calendário

Foto: TV Vitória/Imagem de arquivo

Já está valendo o decreto, publicado em edição extra do Diário Oficial no último sábado (09), que dispõe regras para o funcionamento das atividades comerciais nos municípios da Grande Vitória e de Santa Teresa. As lojas vão funcionar de forma alternada, variando de acordo com a atividade comercial.

Para o diretor da Federação do Comércio do Espírito Santo, José Antônio Pupim, a medida acende uma 'luz no túnel'. Em entrevista ao programa Espírito Santo no Ar, da TV Vitória/Record TV, na manhã desta segunda-feira (11), ele afirmou que ainda não é a solução para o problema, mas já é um sinal de que tudo pode melhorar.

"Depois de quase 60 dias parado, a gente volta ao nosso ponto de venda, voltamos a fazer contato do nosso consumidor e voltamos ao recomeço da nossa vida. Claro, muito distante ainda de dar sustentabilidade ao nosso negócio, mas nós temos que reconhecer: a saúde em primeiro lugar. O momento é complexo para todos. Nós temos que entender isso e reconhecer que o Governo fez o que fosse possível. Cabe agora a sociedade e todos nós, lojistas, a colaborar, a contribuir, a cumprir, de fato, a regra para que nós possamos avançar e, quem sabe, daqui a duas semanas, poder abrir todos os setores todos os dias", disse.

Segundo Pupim, a reabertura gradual do comércio não será responsável pela disseminação do vírus. Pelo contrário, ele acredita que os estabelecimentos cumprirão um papel importante na conscientização da população. "Nós reconhecemos e temos certeza que o comércio, até pela baixa demanda, não será aquele que prejudicará é a situação da saúde. Ao contrário, ele poderá ser um aliado do governo e das prefeituras no sentido de ajudar na disseminação das boas práticas e até exigir o seu cumprimento", afirmou.

Ele ressaltou que o fato das obrigações, como o uso da máscara e do álcool em gel, pode reforçar na propagação dos cuidados necessários. "Eu acredito que o Governo, como isso, ganhou um batalhão de comerciários e comerciantes em favor da disseminação das boas práticas e, assim, a gente poder voltar um pouco mais cedo a nossa relativa normalidade".

Para ele, este retorno, mesmo que gradual, representa uma esperança e um pouco de alívio para os donos e funcionários de estabelecimentos. "É muito importante esse retorno, mesmo com essa limitação toda, porque a gente vai ver cenários de positividade e tomando medidas mais racionais na gestão do nosso negócio", afirmou.

Em entrevista à rádio Pan News Vitória, Pupim deu mais detalhes sobre o funcionamento do comércio, com base no decreto do governo do Espírito Santo. Durante a conversa, ele ainda falou sobre a não permissão de abertura dos shoppings. Segundo ele, esses locais só podem funcionar com o funcionamento de ar condicionado, sem ventilação natural, o que não é indicado durante a pandemia do novo coronavírus.

O diretor falou ainda sobre o funcionamento dos estabelecimentos aos sábados. Segundo ele, o decreto não prevê a abertura, mas há a permissão para que os comerciantes mantenham as entregas por delivery ou retirada na loja com hora marcada.

O decreto

De acordo com o decreto, publicado em edição extra do Diário Oficial, no sábado (9), a medida é válida para as cidades da Grande Vitória e Santa Teresa, consideradas de risco alto.

O funcionamento será realizado com base nos dias ímpares e pares do calendário. Neste primeiro dia de validade do decreto, por ser dia ímpar, podem funcionar lojas de produtos de consumo não pessoal, como eletrodomésticos e eletrônicos, materiais de construção, lojas de venda de peças automotivas, lojas de venda de veículos automotores, móveis, colchões, cama, mesa e banho, artigos de festas e decoração, artigos de informática.

Para os dias pares, começando nesta terça-feira (12), poderão funcionar as lojas de produtos de consumo pessoal, tais como vestuário, calçados, cosméticos, perfumarias, acessórios, óticas, artigos esportivos e similares.

Caso haja algum estabelecimento que associe a comercialização de produtos de consumo pessoal e não pessoal, a loja deverá adotar um critério de predominância para os dias de funcionamento, seja em dias ímpares ou pares. Todas as lojas poderão realizar o serviço de delivery ou retirada do produto pelo cliente com hora marcada, sem limitação de dias e horários.

Outra mudança afeta o funcionamento de restaurantes. Estes poderão efetuar o atendimento presencial de segunda à sexta-feira, limitado ao horário das 10:00 às 16:00. Aos finais de semana, os mesmos podem funcionar apenas pelo serviço de entregas.

Valedoitaúnas/Informações Folha Vitória