Famílias do MST desocupam fazenda em São Mateus após duas semanas
30 de abril de 2024O despejo foi determinado pelo juiz da 1ª Vara Cível de São Mateus, Lucas Modonesi Vicente, atendeu ao pedido da Aliança Agropecuária S/A
Foto: Suzana Motta/MST
Cerca de 200 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) desocuparam, na manhã desta terça-feira (30), a fazenda Coqueirinho, em São Mateus, Norte do Espírito Santo.
A área estava ocupada pelo grupo desde o dia 17 de abril. Segundo o movimento, o local já foi sede de uma antiga fábrica de farinha de mandioca e a área está na Justiça Federal por conta do não cumprimento de direitos trabalhistas.
O despejo foi determinado pelo juiz da 1ª Vara Cível de São Mateus, Lucas Modonesi Vicente, e atendendo ao pedido da Aliança Agropecuária S/A (Apal), e deferiu duas liminares em desfavor do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Na primeira, o juiz justifica a decisão afirmando que a presença dos acampados representa risco econômico não apenas aos proprietários do local, mas também aos trabalhadores que ali atuam.
A segunda ordem é um interdito proibitório para evitar que membros do movimento entrem na Fazenda Coqueirinho, no km 13 da BR-381, também em São Mateus, vizinha à área de ocupação.
Pelas redes sociais, o movimento publicou que as famílias saíram com as esperanças renovadas pela luta da Reforma Agrária. Após a desocupação, os integrantes do movimento realizaram uma mobilização pelas ruas da cidade.
"Com a liminar de despejo expedida pelo juiz para este dia 30, o povo Sem Terra faz o cumprimento da lei e exige que os poderes públicos a cumpram e coloquem esforços para a realização da Reforma Agrária.", diz a postagem.
A equipe de reportagem procurou a Polícia Militar para saber mais detalhes sobre a desocupação, mas ainda não obteve retorno. A resposta será acrescentada assim que for enviada.
(Fonte: Folha Vitória)