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Falso médico forja a própria morte e acaba descoberto ao registrar a filha

02 de julho de 2025

Fernando falsificou documentos e causou duas mortes; entenda o caso

Falso médico forja a própria morte e acaba descoberto ao registrar a filhaFernando teria forjado o diploma de medicina e seu atestado de óbito – Foto: Reprodução/RECORD

O Balanço Geral repercutiu o caso de Fernando Henrique Dardis, um falso médico que chocou o país ao ser preso após forjar a própria morte em São Paulo. Ele é acusado de ter provocado a morte de duas pacientes e de exercer ilegalmente a medicina por quase uma década.

Essa não foi sua primeira passagem pelas autoridades. Em 2009, ainda usando o nome Fernando Henrique Guerreiro, ele foi abordado pela polícia e tentou se passar por agente da lei, apresentando um distintivo falso. No porta-luvas do carro, carregava um revólver, munições e carregadores. Apesar do distintivo ser falso, a arma era real, o que levou à sua prisão. Foi condenado a dois anos de prisão em regime aberto, pena que cumpriu prestando serviços comunitários.

Tempos depois, Fernando assumiu nova identidade: roubou o nome e os documentos de um professor que também era médico, passando a se chamar Ariosvaldo Diniz Florentino. Com a nova identidade, começou a atender em um hospital em Sorocaba (SP), mesmo sem formação ou qualquer capacitação médica.

A farsa teve consequências fatais. A primeira vítima foi Helena Rodrigues, que procurou atendimento devido a fortes dores nas costas. O falso médico prescreveu uma medicação, sem saber que ela era cardiopata. A combinação foi fatal: ela sofreu um infarto fulminante. O segundo caso ocorreu um ano depois, quando Terezinha Monticelli, internada na UTI, teve seu estado agravado pela má conduta do impostor e morreu por falta de tratamento adequado.

Durante as investigações, mais pacientes relataram negligência e erros graves no atendimento. Para evitar o julgamento, Fernando tentou diversos adiamentos com atestados médicos. Sem sucesso, a defesa apresentou um atestado de óbito falso, assinado por uma amiga próxima dele. A fraude parecia ter funcionado, e Fernando “morreu” oficialmente.

Após enterrar o nome falso, ele voltou a usar o nome de nascimento, Fernando Henrique Dardis, e seguiu atuando na medicina, agora com outro diploma falso. A farsa foi descoberta apenas quando, ao registrar sua filha em cartório, foi identificado pelo sistema, pois o Ministério Público já havia alertado os cartórios sobre o caso.

Preso novamente, Fernando agora enfrenta uma série de acusações e, segundo as autoridades, desta vez terá mais dificuldade para escapar da Justiça.

(Fonte: R7)



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